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“Dengue é um desafio de toda a sociedade brasileira”, diz secretário adjunto em entrevista
O secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Rivaldo Venâncio Cunha, destacou, em entrevista ao Portal R7, que o controle da dengue exige um esforço coletivo que vai além do setor da saúde. Segundo Venâncio, o Brasil teve alto número de casos e mortes, consequência atribuída a fatores como mudanças climáticas, falta de organização em algumas redes assistenciais e dificuldades no trabalho de controle de vetores após a pandemia.
“Hoje, a dengue não é só um problema do Ministério ou das Secretarias de Saúde. É um problema de saúde pública que envolve toda a sociedade brasileira. A participação da imprensa, por exemplo, tem sido fundamental na conscientização da população”, afirmou Cunha.
O secretário adjunto também chamou a atenção para os desafios específicos enfrentados em 2024, como a antecipação do pico de casos em até dez semanas e o clima atípico, com altas temperaturas e chuvas constantes. Ele defendeu a necessidade de respostas rápidas e integradas entre União, estados e municípios.
Segundo Cunha, o Ministério da Saúde investiu mais de R$ 2,3 bilhões neste ano em ações para controle da doença, mas reforçou que o impacto dessas medidas varia entre as localidades. “As medidas foram eficazes, mas é fundamental que sejam aplicadas precocemente. Onde houve demora na organização, vimos mais casos graves e óbitos”.
Para 2025, o Ministério espera uma mobilização ainda mais forte. “Estamos trabalhando intensamente para nos preparar para todos os cenários possíveis. A dengue é uma doença que conhecemos há quase 40 anos, mas sua magnitude exige um planejamento contínuo e integrado”, concluiu.
Marcella Mota
Ministério da Saúde