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VALORIZAÇÃO
Defesa dos direitos trabalhistas e fortalecimento do ensino em saúde marcam encerramento de conferência
Foto: Divulgação/MS
A 4ª Conferência Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (4ª CNGTES) chegou ao fim, na sexta-feira (14) em Brasília, depois de quatro dias de programação, que reuniu cerca de 3 mil pessoas de todo o Brasil e do exterior. Após 18 anos da última edição, a 4ª CNGTES foi marcada pela diversidade e pelo tema Democracia, Trabalho e Educação na Saúde para o Desenvolvimento: Gente que faz o SUS acontecer.
Paralelamente à realização das plenárias, mesas de debates, grupos de trabalhos, ato público e atividades culturais, foram levantadas diretrizes e aprovadas propostas em diversas e importantes pautas, entre elas o fortalecimento da educação permanente e a revisão dos processos de formação profissional. Os resultados servirão como fundamento para políticas públicas focadas na gestão do trabalho e da educação na saúde. A articulação evidencia a importância de reconhecer e valorizar profissionais que tornam o SUS uma realidade no dia a dia da população brasileira. A quarta edição da CNGTES possibilitou a mobilização de todas as regiões de saúde do Brasil, com foco na educação permanente das equipes de saúde para o aprimoramento do trabalho e do cuidado.
A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (SGTES), Isabela Pinto, afirmou que a conferência possibilitou reavaliar e reestruturar as diretrizes de gestão do trabalho e educação na saúde, com o objetivo de consolidar uma política pública contínua e resiliente às adversidades, acompanhada de monitoramento e avaliação pelos conselhos de saúde de todo o país. “O tema escolhido ressalta a importância de valorizar trabalhadores do SUS, fortalecer seus direitos e promover ações intersetoriais que atendam às necessidades da população, reconhecendo o papel crucial daqueles que tornam o SUS possível”, disse.
De acordo com o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, foram muitos e diversos os desafios para a realização da conferência, celebrando a união de esforços. "A 4ª CNGTES foi possível graças à soma da força de todas as pessoas presentes. Precisamos unificar nossas lutas para garantir a continuidade de um SUS forte, valorizando tanto trabalhadores quanto usuários, sempre defendendo a democracia”, declarou.
Comemorando o sucesso da conferência, a coordenadora geral adjunta da 4ª CNGTES, Francisca Valda, salientou que o encontro entrou para a história da saúde no Brasil e promoveu o intercâmbio de experiências e desafios que fortalecem as demandas por políticas públicas. “A 4ª CNGTES tornou-se um ambiente para promoção de um SUS mais justo, eficiente e humanizado, alinhado às necessidades da população brasileira. O evento celebrou a cultura e a diversidade, ressaltando a arte como ferramenta de resistência e transformação social”, pontuou.
Foto: Divulgação/MS
Próximos passos
Na 4ª CNGTES foram aprovadas propostas, diretrizes e moções, voltadas à democracia, ao trabalho e a educação na saúde para o desenvolvimento. O alerta para a necessidade de resistir às iniciativas que ameaçam retrocessos, como o avanço de legislações que desconsideram os princípios da reforma psiquiátrica, ou a demanda por cursos na saúde totalmente a distância também foram pontos de destaque nas discussões.
Os resultados da conferência irão compor o relatório final do encontro, a ser encaminhado para o CNS, que posteriormente deverá aprovar e reunir os textos em uma resolução, que agrupará todas as decisões tomadas na conferência. Esse documento será entregue ao MS para subsidiar planos de ação de gestão do trabalho e educação na saúde dos estados, municípios e Distrito Federal.
Victor Almeida
Ministério da Saúde