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ELIMINAÇÃO DE DOENÇAS
Profissionais são qualificados para resposta rápida e coordenada a caso suspeito de sarampo
Foto: José Bezerra de Miranda/SVSA
O Ministério da Saúde realizou, entre terça (13) e hoje (15), uma oficina para preparar profissionais que atuam na vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, na imunização, nos laboratórios de saúde pública e na Atenção Primária à Saúde, para uma resposta rápida na ocorrência de um caso suspeito de sarampo. Representantes da Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (RENAVEH) e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) também participam do treinamento.
Com o nome Oficina de preparação à resposta rápida frente a um caso suspeito de Sarampo no período pós-eliminação, o evento ocorreu no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) de Brasília. O objetivo é qualificar profissionais de saúde de diferentes áreas para resposta rápida e coordenada a casos de sarampo, conforme recomendação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para o Brasil alcançar a Reverificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) no país.
Em 2016, o Brasil havia recebido o título de país livre do sarampo, mas em 2018 o vírus foi reintroduzido em território nacional, ocorrendo a disseminação rápida da doença. Em 2019 foram registrados quase 21 mil casos no país. Em 2022, graças às ações de vigilância e controle adotadas pelo Ministério da Saúde e à recuperação da cobertura da vacina tríplice viral (que oferece proteção contra sarampo, caxumba e rubéola), foram registrados apenas 41 casos. Em 2023 e 2024 o Brasil não registrou casos endêmicos de sarampo.
País livre do sarampo
Em 2024, o país recebeu a visita da Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita na Região das Américas e do Secretariado da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) com o objetivo de dar continuidade ao processo de recertificação do Brasil como livre da circulação de sarampo e sustentabilidade da eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita (SRC).
Para o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Eder Gatti, as oficinas são essenciais para o Brasil alcançar e manter a certificação de país livre do sarampo. “Vamos realizar vários treinamentos como esse, para manter toda a nossa rede preparada frente à ocorrência de caso suspeito de sarampo. As oficinas capacitam estados e municípios sobre vigilância, busca ativa e resposta rápida. Essa é uma das nossas estratégias para manter o país livre do sarampo. Contamos também, com ações para aumentar a cobertura vacinal dos imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação”, afirma o diretor.
A tríplice viral é uma das vacinas ofertadas no calendário nacional de vacinação, cujo esquema vacinal corresponde a duas doses para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade, e uma dose para adultos de 30 a 59 anos.
Swelen Botaro
Ministério da Saúde