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Dia Mundial da Voz: coral em hospital do Rio lembra importância de cuidados
Foto: divulgação/MS
O Dia Mundial da Voz, celebrado em 16 de abril, foi marcado por uma série de atividades no Hospital Federal de Bonsucesso (RJ). O destaque foi a participação de um coral de pacientes laringectomizados. O HFB oferece cirurgia de implante de próteses fonatórias para reabilitação da fala em pacientes submetidos à laringectomia total, que é a retirada da laringe e das cordas vocais devido a um tumor avançado na área.
Vania Maia, que descobriu o câncer aos 25 anos, é uma das integrantes do coral. Ela contou o que a apresentação no hospital representa para ela. “Faz 45 anos que passei pela cirurgia aqui. O evento de hoje é muito importante para todos nós e para a mensagem que gostaríamos de passar é para as pessoas sempre cuidarem da voz”, contou.
Flavio Coutinho, fonoaudiólogo do HFB, falou sobre a importância de reencontrar pacientes submetidos à laringectomia. “Esses pacientes precisaram ressignificar o diagnóstico do câncer de laringe. Hoje eles estão aqui para mostrar o quanto é importante ouvirmos suas vozes’’, ressaltou.
Atenção para o câncer de laringe
O Dia Mundial da Voz tem como principal objetivo chamar a atenção da população em geral para as alterações da voz, que podem ser um sinal de doenças, como o câncer de laringe. O consumo de álcool e tabaco são os dois fatores de risco mais importantes para o aparecimento de tumores malignos na região da cabeça e do pescoço, especialmente o câncer de boca e laringe. Atualmente, cerca de 5.400 pessoas morrem todos os anos no Brasil devido à doença na laringe.
Sabryna Farneze, otorrinolaringologista da unidade, ressaltou que o cuidado com a voz, a prevenção e o diagnóstico precoce aumentam as chances de cura do câncer de laringe. “Ao sentir rouquidão, dor de garganta e pigarro que durem mais que 14 dias é preciso procurar um médico o mais rapidamente possível’’, alertou.
O diagnóstico precoce oferece uma chance de cura de até 90% para pacientes com câncer de laringe, reduzindo significativamente o número de óbitos e permitindo um tratamento menos invasivo e mutilante.
Ministério da Saúde