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VIGILÂNCIA
Saúde instala COE Arboviroses para monitorar aumento de casos de dengue e chikungunya no país
Foto: Divulgação/MS
Para monitorar o aumento de casos dengue, chikungunya e zika no país, o Ministério da Saúde instalou o Centro de Operações de Emergências (COE Arboviroses), com o objetivo de elaborar estratégias de controle e redução de casos graves e óbitos. O alerta ocorre pelo aumento dos registros dessas doenças, como os casos de dengue, que cresceram 43,8% até março deste ano, quando comparado ao mesmo período do ano passado. As notificações de chikungunya aumentaram 97%.
“Identificamos crescimento em alguns estados, o que nos deixa alerta. Já estamos enviando equipes de campo para traçar um diagnóstico da situação nessas áreas e vamos reforçar o monitoramento do cenário das arboviroses em todo o país. Nossa prioridade é sensibilizar a população, para que assim possamos controlar o avanço da transmissão dessas doenças”, destacou Alda Maria da Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde.
Com o acionamento do COE, a Pasta vai monitorar a situação, com ênfase em dengue e chikungunya, para orientar a execução de ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistência e controle de vetores. O planejamento das ações e a resposta coordenada serão feitos em conjunto com estados e municípios.
Dengue
Em 2022, entre janeiro e o início de março, foram notificados 209,9 mil casos prováveis de dengue. Em 2023, o número saltou para 301,8 mil, no mesmo intervalo de tempo, uma incidência de 141,5 casos por 100 mil habitantes. Quanto aos casos graves, foram registrados 2,9 mil casos entre todas as notificações. Esse número apresentou redução quando comparado ao mesmo período do ano passado - cerca de 3,8 mil registros. Neste ano, até o momento, já foram notificados 73 óbitos pela doença. Outros 64 seguem em investigação. No mesmo período do ano passado, o total de óbitos confirmados foi de 172.
A região com maior incidência de dengue em 2023 é a Centro-oeste, com 254,3 casos por 100 mil habitantes, seguida das regiões Sudeste, com 214,7 casos por 100 mil habitantes, e Sul, com 98,2 casos por 100 mil habitantes. O Espírito Santo foi o estado que mais apresentou aumento nos coeficientes de incidência, com 921,7 casos por 100 mil habitantes, seguido do Mato Grosso do Sul, com 432,5 casos por 100 mil habitantes, e de Minas Gerais, com 392,1 casos por 100 mil habitantes.
Chikungunya
Em 2023, também entre janeiro e o começo de março, ocorreram 43 mil casos prováveis de chikungunya, um aumento de 97,1% quando comparado ao mesmo período de 2022. Um óbito foi confirmado este ano no Espirito Santo e outros 13 estão em investigação. Ano passado, no mesmo período, 14 mortes foram confirmadas.
A região com a maior incidência da doença em 2023 é a Sudeste, com 34,3 casos por 100 mil habitantes, seguida das regiões Nordeste, com 13,8 casos por 100 mil habitantes, e Norte, com 13,1 casos por 100 mil habitantes. Tocantins apresenta a maior incidência, com 139,2 casos por 100 mil habitantes, seguido de Minas Gerais, com 129,0 casos por 100 mil habitantes, e Espírito Santo, com 51,6 casos por 100 mil habitantes.
Zika
Já em relação ao zika, entre janeiro e o final de fevereiro deste ano, foram notificados 1.194 casos prováveis da doença, um aumento de 35,2% quando comparado ao mesmo período de 2022, quando 883 casos prováveis foram registrados. A região Norte do país apresenta, em 2023, a maior incidência da doença, com com 2,8 casos por 100 mil habitantes, seguida das regiões Nordeste, com 1,0 casos por 100 mil habitantes e Sul, com 0,5 casos por 100 mil habitantes.
O estado do Tocantins também apresenta a maior incidência para zika, com 28 casos por 100 mil habitantes. Rio Grande do Norte, (2,8 casos por 100 mil habitantes) e Bahia (1,2 casos por 100 mil habitantes) aparecem na sequência.
Ministério da Saúde