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PROTEÇÃO REFORÇADA
Dose de reforço desempenha papel fundamental na proteção contra a Covid-19, aumentando a resposta imunológica do organismo
Foto: Myke Sena/MS
As vacinas contra a Covid-19 já demonstraram efetividade na prevenção de casos graves e redução de mortes, além de garantirem queda importante nas contaminações pelo vírus. Além de cumprir o esquema primário de vacinação - as duas primeiras doses (ou dose única, a depender do fabricante) - é essencial que a população se vacine com a dose de reforço. Receber os imunizantes contra o Sars-CoV-2 garante uma resposta imunológica mais rápida do organismo quando ele entra em contato com o vírus.
A estratégia da dose de reforço é feita porque, passado um tempo, a resposta do organismo cai e um novo contato com a vacina eleva sobremaneira a efetividade da prevenção contra o coronavírus. Pesquisas já realizadas apontam, por exemplo, que as doses de reforço desempenham um papel fundamental na prevenção de óbitos por Covid-19. É com base nessas evidências científicas que a ministra da Saúde, Nísia Trindade, continuamente reitera o pedido para que a população mantenha a caderneta vacinal em dia.
O reforço pode ser aplicado quatro meses depois da pessoa receber as duas primeiras doses ou a dose única do imunizante. Uma das pesquisas brasileiras, realizada em Londrina (PR), investigou, por exemplo, as diferenças nas taxas de letalidade por Covid-19 entre pessoas vacinadas e não vacinadas.
O estudo considerou 59.853 casos confirmados e 1.687 mortes pelo coronavírus, notificados entre 1º de janeiro e 20 de outubro de 2021 pela Secretaria Municipal de Saúde. Os dados mostraram que existem diferenças significativas: os vacinados apresentam taxas de mortalidade 40,4% menores do que os não vacinados.
Outro estudo, feito por pesquisadores americanos, avaliou 192.509 internações, com taxas mensais de hospitalização associadas à Covid-19 variando entre 3,5 vezes a 17,7 vezes maior em pessoas não vacinadas do que em pessoas vacinadas.
De janeiro a abril de 2022, quando a variante Ômicron era predominante, por exemplo, as taxas de internação foram 10,5 vezes maiores em pessoas não vacinadas e 2,5 vezes maiores em pessoas sem dose de reforço, em comparação com aqueles que receberam uma dose de reforço.
Essa pesquisa chegou à mesma conclusão do estudo brasileiro: a vacinação contra a Covid-19 deve ser estimulada a todas as pessoas elegíveis.
Edis Henrique Peres
Ministério da Saúde