Notícias
ATENÇÃO PRIMÁRIA
Profissionais do 26º ciclo do Mais Médicos iniciam preparação em Brasília antes de irem aos Dseis
Foto: Luciano Marques/MS
Depois de enviar 117 novos profissionais pelo programa Mais Médicos a distritos indígenas, o Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Saúde, prepara outros 51 médicos para atuarem em comunidades em todo o País. Os médicos intercambistas selecionados pelo edital do 26º Ciclo iniciaram, nesta segunda-feira (15), o Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), um preparatório com duração de três semanas e três dias para os que ainda não tinham participado do programa.
Wellington Carvalho, coordenador-geral de Provimento Profissional do Departamento de Apoio à Gestão da Atenção Primária explica que os primeiros profissionais já tinham feito o MAAv anteriormente, em outros ciclos, e por isso já estão atuando nos territórios. “Essa é a finalização do edital. Nós já encaminhamos a primeira leva de 117 médicos aos distritos indígenas em todo o País porque esses profissionais já tinham feito o módulo de acolhimento em editais anteriores. Agora, esses são médicos do 26º ciclo que ainda não tinham feito o módulo, uma etapa necessária para avaliar esses profissionais, e para que eles tenham conhecimentos importantes sobre o Sistema Único de Saúde antes de iniciarem as atividades no território”, explica o coordenador.
Nésio Fernandes, secretário de Atenção Primária à Saúde, recebeu os novos participantes do programa e lembrou que estava nesta mesma posição, em abril de 2014, quando também era um médico formado no exterior participando de um Maav. “Nós somos parte da missão do governo Lula, que é unir e reconstruir o Brasil. Acreditamos que oportunizar a jovens brasileiros que buscaram o sonho de se tornar médicos no exterior é uma forma inteligente de poder garantir o acesso à saúde pública aos que não têm, em regiões que por diversas razões outros profissionais não quiseram atuar”, destaca.
Uma das profissionais selecionadas pelo edital, Samara Carla Rodrigues, de Rondônia, revelou que está orgulhosa de participar do programa e ansiosa por atender uma comunidade indígena. A médica, que vai atuar em um Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) do Pará, ressalta a importância do preparatório.
“Espero poder levar meu conhecimento e ajudar a comunidade, lembrando que tudo lá será novo para mim também, já que o atendimento aos indígenas é diferente daquele que é feito na área urbana. Justamente por isso precisamos desse período preparatório, antes de realmente ingressar no território”, apontou Samara.
Dos 51 participantes, 31 seguem para os distritos indígenas Alto Rio Negro, Interior Sul, Kaiapó do Pará, Altamira, Alto Solimões, Guama Tocantins, Javari, Médio Solimões e Yanomami. Outros 20 que participam desse MAAv são médicos intercambistas que já trabalham no programa por força de liminar judicial. Esses médicos vão continuar atendendo os seguintes municípios: Cacoal (RO), Campo Grande (MS), Capanema (PR), Carapicuíba (SP), Conceição do Almeida (BA), Loanda (PR), Miracatu (SP), Monte Negro (RO), Piancó (PB), Ponta Porã (MS), Rio Branco (AC), Santo Amaro (BA), São Mateus do Maranhão (BA), Tapiraí (SP) e Vilhena (RO).
MAAv
Joaquim Pedro, tecnologista do Ministério da Saúde que lidera a área de acompanhamento profissional da Coordenação Geral de Provimento Profissional, ressalta que o preparatório dos profissionais também é essencial para que os médicos trabalhem de acordo com a pauta da nova gestão. “É fundamental que os médicos intercambistas participarem do Maav porque eles podem entender como funciona o SUS, além de algumas temáticas essenciais para a nova gestão do Ministério da Saúde, como a imunização e a pauta da saúde indígena”, destaca.
O MAAv dos intercambistas selecionados pelo Edital nº 12, de 25 de julho de 2022 do Programa Mais Médicos (26º Ciclo), tem carga horária de 144 horas realizadas em Brasília, além de 16 horas em âmbito municipal, totalizando 160 horas. O Módulo contemplará conteúdos relacionados à legislação referente ao sistema de saúde brasileiro, ao funcionamento e às atribuições do SUS, notadamente da Atenção Primária em Saúde, aos protocolos clínicos de atendimentos definidos pelo Ministério da Saúde e ao código de ética médica. Serão ministrados aulas expositivas e casos clínicos aos participantes. Dado a especificidade desse MAAv, no qual a maioria dos médicos trabalharão em Dsei, o módulo vai destinar dias específicos aos temas da Saúde Indígena.
Luciano Marques/Nucom/Saps