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ATENÇÃO PRIMÁRIA
Ministério da Saúde participa de oficina de microplanejamento na Opas para aumento das coberturas vacinais
Fotos: Arquivo pessoal
Com o intuito de aprimorar metodologias para expandir a cobertura vacinal no País, representantes do Ministério da Saúde participaram da formação em microplanejamento na Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), ao longo da última semana. A ideia é adaptar o processo à realidade brasileira disseminando-o para todas as unidades da federação e respeitando as particularidades de cada território.
O microplanejamento atende aos critérios de qualidade definidos na Metodologia de Gestão Produtiva dos Serviços de Saúde da Opas, que são: efetividade, homogeneidade, oportunidade, eficiência e simultaneidade. Um dos pilares fundamentais para garantir o cumprimento de metas é que elas sejam geradas a partir do nível local/municipal, determinando as necessidades e disponibilidade de recursos para garantir o acesso à vacinação para a população, com ampla participação de líderes e comunidade. “Nesse processo, são consideradas as características sociodemográficas, econômicas, sociais e necessidades dos municípios e das suas divisões, destacando, ainda, a importância das funções essenciais e gerenciais do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e da Atenção Primária à Saúde (APS)”, disse o coordenador de Apoio à Imunização e Monitoramento das Coberturas Vacinas na Atenção Primária (CIMVAC/MS), Ricardo Gadelha.
Também são reforçados na metodologia de microplanejamento:
- O avanço tecnológico para a utilização de ferramentas e processos de formação de profissionais de saúde para execução de vacinação do programa de rotina;
- Intensificação da rotina e de campanhas, para garantir coberturas vacinais (CV) recomendadas e homogêneas em todos os níveis federativos, com controle e eliminação de doenças preveníveis por vacinação no país;
- A formação dos profissionais de saúde que atuam em áreas relacionadas à imunização, vigilância epidemiológica, laboratório, resposta rápida, atenção primária à saúde e saúde do indígena, que podem atrelar esforços para a recuperação das coberturas vacinais e dos indicadores de qualidade da vigilância.
O Ministério da Saúde será responsável pela organização e implementação da metodologia, o que inclui a formação de facilitadores nos níveis nacional, estadual e municipal, em ondas de formação. “Esse trabalho será integrado entre as áreas responsáveis, dentro do Ministério da Saúde, em prol de um objetivo comum, que é a reconquista das altas coberturas vacinais no nosso país”, reforçou o coordenador, que defendeu o microplanejamento como a oferta de componentes práticos de apoio ao processo e execução das atividades de vacinação de alta qualidade, seguimento, varredura e bloqueio vacinais às equipes técnicas e gestores nos diferentes níveis, em especial, o operacional, que atua nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e desenvolve atividades na APS e em outras unidades de saúde.
Além de técnicos da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), também participaram da capacitação representantes da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), incluindo responsáveis técnicos de distritos sanitários especiais indígenas (DSEI), da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) e apoiadores da Opas.
Laísa Queiroz/Saps/MS