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DESTAQUES DA SEMANA – SEIDIGI
Informação e Saúde Digital: discussões sobre a Agenda 2030 e parceria com o Conasems foram pautas da semana
Foto: CONASEMS
A Secretaria de Informação e Saúde Digital, em parceria com a Delegação Dinamarquesa de Saúde, anunciou um plano de trabalho para a nova fase do acordo de Cooperação Setorial Estratégica Brasil-Dinamarca, iniciado em 2016. Até agora, a cooperação era articulada por meio de linhas de trabalho voltadas às áreas especializadas do DataSUS. Com a criação da nova secretaria, o plano de trabalho será ampliado para relevantes frentes de trabalho, que contemplam os três departamentos: Saúde Digital e Inovação; Informação e Informática do Sistema Único de Saúde; e Monitoramento, Avaliação e Disseminação de Informações Estratégicas em Saúde.
Foram definidos como pilares da cooperação a troca de experiência para o avanço do Índice da Maturidade de Saúde Digital do Brasil; análise técnica de interoperabilidade da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) e dos sistemas de Telessaúde; aplicações da Saúde Digital na Atenção Primária; aprimoramento dos indicadores e dados abertos; e engajamento do padrão de dados FHIR (do inglês Fast Healthcare Interoperability Resources), utilizado pela RNDS como referência internacional de interoperabilidade em saúde.
A reunião contou com a participação da embaixadora da Dinamarca, Eva Pedersen; da Conselheira de Saúde da Embaixada, Tina Gottlieb; do chefe de Seção e Assuntos Internacionais do Ministério do Interior e da Saúde da Dinamarca, Jacob Redecker; do consultor-chefe e autoridade Dinamarquesa de Dados em Saúde, Kenneth Bøgelund Ahrensberg; e do professor do Centro Dinamarquês de Informática em Saúde e Faculdade Técnica de TI e Design, Christian Gradhandt Nøh. Também estiveram presentes os diretores Sergio Rosa (DataSUS), Paulo Sellera (Demas) e Cleinaldo Costa (Desd), além de coordenadores-gerais e equipes técnicas.
A reunião foi a primeira realizada após nova gestão e estrutura do Ministério da Saúde. Na oportunidade, a secretária de Informação e Saúde Digital, Ana Estela Haddad, apresentou a nova estrutura. “É uma cooperação que teve início com o DataSUS e agora será articulada de maneira integrada com outros três departamentos. Tive a oportunidade de ouvir o DataSUS e tomei ciência de uma visita realizada à Dinamarca. O Brasil tem aproveitado e ganhado com a parceria. Vocês já estão lá na frente em relação à saúde digital. Sinto gratidão por dividirem conosco o caminho que já foi trilhado”, destacou.
Ainda na abertura da reunião, a embaixadora da Dinamarca, Eva Pedersen, pontuou a nova fase da cooperação, agora com a direção de uma secretaria centralizada em saúde digital. “Estamos na segunda fase e próximos a começar a terceira, pensando em como podemos trabalhar de forma estratégica", declarou. "Gostamos do entusiasmo e profissionalismo do trabalho de vocês e estamos tendo resultados. É um orgulho para nós realizar essa parceria com o Brasil. Temos acompanhado a Estratégia de Saúde Digital do Brasil e sabemos que fazer telemedicina, por exemplo, não é fácil”, acrescentou.
A assessora especial de Assuntos Internacionais do Ministério da Saúde, Selma Sollero, resgatou importantes iniciativas, frutos da parceria, materializando muito do que o país tem hoje na saúde digital. “Conseguimos construir produtos visíveis e invisíveis, como dois protótipos de DRG e rascunhar o que hoje é a RNDS. Os ganhos são muitos. Vejo muita confluência de objetivos e ideias. A cooperação com a Dinamarca tem sido diferenciada porque tem flexibilidade e isso permite que os nossos programas sejam mais criativos”.
A coordenadora de Gestão de Políticas e Inovação em Informática em Saúde, Thais Lucena, acompanha de perto a cooperação e enfatizou os ganhos da parceria para ambos os países, e os novos rumos com apoio da secretaria. “Nós participamos ativamente e tivemos resultados relevantes de nível estratégico. E vocês têm contato com novas realidades, a partir do que a gente faz aqui no Brasil. Então é uma parceria para que todos consigam ter ideias novas e levar para frente o que estamos fazendo. E agora com a criação da secretaria, nós atingimos um novo status, e a gente vai conseguir fazer mais e melhor”.
Experiência dinamarquesa
A Dinamarca é pioneira e líder mundial em Saúde Digital, com extensa experiência na digitalização dos dados em saúde e qualidade no atendimento. O país coopera com o Brasil desde 2016, por meio de eixos para o fortalecimento e desenvolvimento da Estratégia de Saúde Digital para o Brasil 2020-2028 (ESD28).
Para discussão das novas diretrizes, a conselheira de Saúde da Dinamarca, Tina Gottlieb, falou sobre o que foi desenvolvido pela parceria, até o presente momento e os próximos passos, tais como o compartilhamento de conhecimento com foco em detalhes técnicos; o desenvolvimento da estratégia de saúde digital; a implantação do prontuário eletrônico; e a melhoria da experiência do usuário.
Os representantes da Dinamarca, Kenneth Ahrensberg e Christian Nøhr, citaram desafios que precisam ser discutidos no contexto de saúde digital, como a escassez de pessoal e a qualificação dos profissionais da saúde.
Inovação
Os diretores da Seidigi levantaram pontos que precisam ser assistidos durante a nova fase da cooperação. Dentre os temas, o diretor do DataSUS, Sérgio Rosa, ressaltou a atenção à Rede Nacional de Dados em Saúde, iniciativa que contou com a inspiração da Dinamarca, mas que ainda pode evoluir para continuar apoiando a interoperabilidade dos sistemas da saúde. Ele sugeriu uma apresentação detalhada da criação da RNDS da Dinamarca e do Brasil, para estudarem o que pode ser aprimorado. “Esse mar de informações que temos, a integração, a capacidade de integrar dados de saúde a qualquer estado e município, oferta de dados para pesquisa, isso é uma riqueza, e eu gostaria de saber a história”.
O diretor do Departamento de Monitoramento, Avaliação e Disseminação de Informações Estratégicas em Saúde, Paulo Sellera, salientou a missão do Departamento de transformar dados em informações de qualidade para
avaliar as políticas e os programas do Brasil. Ele citou a importância de discussões acerca de Dados Abertos e Transparência da Informação. “Também temos o desafio de fornecer dados em formato aberto e com transparência ativa. Além de monitorar e avaliar, temos que entregar informações confiáveis para avaliar as políticas e identificar indicadores relevantes”.
O diretor do Departamento de Saúde Digital, Cleinaldo Costa, destacou a importância do diálogo sobre a Pesquisa e a Assistência, especialmente na área de assistência ambulatorial. “Aqui nos chama atenção o prontuário eletrônico e a experiência da Dinamarca nesse sentido de fortalecer a assistência, por meio do acompanhamento dos pacientes em casa”.
A secretária Ana Estela Haddad validou os temas para o novo plano de trabalho e ressaltou a importância de buscarem uma maior integração dos bancos de dados, da telessaúde e inovação, no processo de vigilância e gestão, baseados em inteligência analítica. Incluindo na cooperação, a troca de experiências e fortalecimento do Programa – SUS Digital BR, a ser lançado pela Seidigi, novidade que visa ao conjunto de ações customizadas conforme as mais diversas realidades dos estados e municípios brasileiros.
“Esse é o momento de desenharmos um grande programa, não somente para integrar as áreas, mas também os entes federais, estados e municípios. Queremos aprender com a experiência da Dinamarca, mas também é importante entender os contextos locais e pontos de atenção para que todos caminhem numa direção comum. O Brasil é muito grande e diverso", concluiu a secretária de Informação e Saúde Digital.
Confira outros destaques:
Segunda-feira (15)
A secretária Ana Estela Haddad recebeu membros do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, da Fiocruz, para conversar sobre Saúde Digital, Agenda 2030 e a iniciativa Saúde Amanhã. A Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU), é um plano global para que, em
conjunto, se construa, até 2030, um mundo melhor para todos os povos e nações. A intenção é que as instituições trabalhem juntas para colaborar no cerne da questão da saúde digital.
No período da tarde, a secretária participou de um debate on-line promovido pelo Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), no qual foram apresentadas as propostas de Saúde Digital que ampliam o acesso, a conectividade e a integração de plataformas. Na ocasião, ela mencionou novas implementações e o acesso aos recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), após sua nomeação como Conselheira do Conselho Gestor.
Ana Estela Haddad enfatizou também a melhoria no alinhamento junto à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANP), fortalecendo, assim, o compromisso do Ministério da Saúde na conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Terça-feira (16)
A Secretária Ana Estela realizou uma agenda conjunta com a Coordenação-Geral de Saúde Bucal, do Departamento de Saúde da Família e Comunidade, para debater, com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR), iniciativas acerca da teleodontologia no Brasil. O encontro promoveu reflexões e análises sobre ações que visam à promoção da saúde bucal na Atenção Primária em Saúde, bem como os seus desafios e perspectivas para o futuro.
Quarta-feira (17)
Uma comitiva da Seidigi visitou a estrutura-sede do canal Mais Conasems, em Brasília. O convite foi feito pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, com objetivo de apresentar a iniciativa da TV e do Portal de Conhecimento, presente nos 5.570 municípios do Brasil.
A plataforma é responsável por capacitar milhares de gestores e profissionais de saúde, com produção de conteúdos digitais e ensino a distância. A Seidigi
foi convidada a ser uma parceira do Mais Conasems, contribuindo para os conteúdos do canal e oferecendo cursos de capacitação em Saúde Digital.
Quinta-feira (18)
A convite da Fundação Getúlio Vargas e do Laboratório de Inovação do Sistema de Saúde da Universidade de Harvard, a secretária Ana Estela Haddad participou da mesa de debates ‘O poder da análise de dados para avançar na compreensão sobre o SUS e a saúde cardiovascular no Brasil’, onde discutiu os principais desafios, prioridades e oportunidades relacionadas às doenças cardiovasculares no Brasil.
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