Notícias
ASSISTÊNCIA
Ministério da Saúde envia medicamentos para população afetada pelas enchentes no Rio Grande do Sul
Foto: Divulgação
O Ministério da Saúde enviou, nesta segunda-feira (26), kits de calamidade com medicamentos e insumos estratégicos para o Rio Grande do Sul, de forma a prestar assistência necessária à região após um ciclone extratropical atingir o litoral norte gaúcho em 15 de junho. Na última semana, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) reconheceu o estado de calamidade pública na cidade de Maquiné e a situação de emergência nos municípios de Caraá, Esteio, Osório, entre outros. De acordo com o governo do estado do Rio Grande do Sul, até sábado (24), o evento causou chuvas intensas, 16 mortes e grande destruição em 48 municípios.
Neste primeiro momento, foram enviados 10 kits – que atendem cerca de 1.500 pessoas durante um mês – para suprir as necessidades decorrentes do desastre e reabastecer unidades de saúde afetadas e que tiveram perda de insumos e medicamentos básicos. Cada kit contém um elenco de 32 tipos de medicamentos e 16 diferentes insumos, preparados para atender à população em situações de emergência.
Os insumos incluem, por exemplo, ataduras, esparadrapos, luvas, máscaras e seringas. A relação de medicamentos permite o atendimento das pessoas atingidas com agravos agudos e crônicos. Os kits contam, também, com medicamentos da Atenção Básica, antibióticos e antiinflamatórios que podem ser utilizados nas situações secundárias acarretadas pelo alagamento, como doenças respiratórias ou doenças transmitidas por vetores.
Como se prevenir das principais doenças causadas pelas inundações:
Tétano acidental
Um dos grandes riscos e agravos de inundações é o tétano acidental. A melhor forma de prevenção é por meio de vacinação, aplicada em três doses e com reforço a cada cinco ou dez anos. O soro antitetânico, em algumas situações, é indicado para prevenção e tratamento. Para evitar contaminação, proteja mãos, braços, pés e pernas com luvas e botas ao manusear entulhos. A contaminação geralmente acontece por ferimento na pele ou mucosa.
Leptospirose
A transmissão da leptospirose acontece em contato com água ou lama contaminada com a urina de animais infectados, principalmente ratos. No período chuvoso, quando rios, córregos e a rede de esgoto podem transbordar, esse risco aumenta, pois a água invade tocas de ratos e chega contaminada às residências, podendo infectar os seres humanos. Entre as recomendações estão: não nadar, tomar banho, ou beber água doce de fonte que possa estar contaminada pela água da inundação ou urina de animais; cobrir cortes ou arranhões com bandagens a prova d’água, se possível; se precisar ficar na água, utilize botas e luvas para reduzir o contato com a água contaminada; tratar a água antes do consumo, fervendo ou utilizando hipoclorito de sódio; e prevenir infestação de roedores, realizando acondicionamento adequado do lixo e evitando acúmulo de entulhos.
Doenças respiratórias
Doenças respiratórias como meningite, gripe, tuberculose e difteria podem ser transmitidas de uma pessoa para outra, por meio de gotículas de saliva e secreções respiratórias contaminadas durante a tosse ou o espirro. Para que não haja disseminação dessas doenças, que são muito comuns em locais com aglomerado de pessoas, como abrigos e alojamentos, recomenda-se a adoção de medidas de prevenção e controle: uso de máscara, higienização das mãos com água e sabão, uso de álcool em gel, manter os espaços ventilados, manutenção do distanciamento sempre que possível. Em caso de manifestação de sintomas, como por exemplo febre, a recomendação é buscar atendimento de saúde, na unidade mais próxima.
Água contaminada
Outro risco em casos de enchentes é o consumo de água contaminada, que pode conter grande quantidade de microrganismos causadores de doenças como cólera, febre tifóide, hepatite tipo A, leptospirose, giardíase, amebíase, gastroenterites, diarreicas e esquistossomose. As principais medidas para evitar estas doenças é consumir água tratada, da rede de abastecimento; limpar a caixa-d’água a cada seis meses; preparar os alimentos com água própria para consumo humano; e lavar as mãos antes das refeições, antes de manipular e preparar alimentos, e após usar o banheiro.
O que fazer se a sua casa ou rua foram inundados?
Caso observe um princípio de deslizamento, avise imediatamente a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, bem como o máximo de pessoas que residam no local. Evite o contato com a água e a lama das enchentes, pois elas podem estar contaminadas. Além disso, proteja as mãos e os pés com luvas e botas e, caso não os tenha, use sacos plásticos duplos. Por último, em caso de acidente com animal peçonhento (serpente, escorpião ou aranha, por exemplo), mantenha a pessoa calma e procure atendimento médico o mais rápido possível. Não faça torniquete e nem aplique substâncias no local da picada.
Ministério da Saúde