Notícias
PROTAGONISMO INTERNACIONAL
Em reunião com Ministros da Saúde do Mercosul, Nísia Trindade defende abordagem regional de desafios na saúde
Foto: Samuel Malta/MS
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, falou nesta sexta-feira (23) sobre a importância da abordagem regional para os problemas de saúde pública, como futuras pandemias ou as consequências das mudanças climáticas. A fala foi parte da 52ª Reunião de Ministros da Saúde do Mercosul, que marcou o revezamento de países na presidência dos trabalhos do bloco no setor sanitário. Em meio à retomada das relações diplomáticas e do protagonismo brasileiro no cenário global, o país assume a liderança do Mercosul após a presidência pro tempore da Argentina. O evento ocorreu em Buenos Aires.
Durante o pronunciamento, Nísia Trindade reafirmou o compromisso do Brasil para com os objetivos comuns do bloco, relembrou o impacto da pandemia de Covid-19, enfatizou a importância do fortalecimento dos sistemas globais de saúde e vigilância, além da necessidade de investimento na produção de insumos e do acesso equitativo às tecnologias na área da saúde. “Não menos importante, como região, precisaremos enfrentar os desafios da mudança do clima. Nesse contexto, saúdo com satisfação a aprovação de uma estratégia comum para o bloco na reunião de hoje”, ressaltou a ministra brasileira.
Saúde e clima
A fala foi em alusão ao instrumento assinado pelos países do bloco durante a reunião “Estratégia Mercosul sobre mudanças climáticas e saúde”. O documento orienta os países signatários a monitorar e responder às consequências das mudanças climáticas do ponto de vista sanitário. Foram definidas algumas linhas estratégicas partindo da abordagem de dois pontos principais: adaptação e mitigação dos efeitos das alterações no clima.
Governança, destinação de recursos, busca por evidências, capacitação de profissionais e alianças regionais são os eixos temáticos propostos. Ao longo da presidência do Brasil, durante o segundo semestre de 2023, deve ser elaborado um Plano Operacional. Todos os progressos conseguidos com a aplicação do instrumento serão avaliados a cada três anos.
Ministério da Saúde