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SB BRASIL
Entenda porque é importante participar da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal
A Pesquisa Nacional de Saúde Bucal - SB Brasil é a principal forma de avaliar as condições dentárias e bucais da população. Os trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) estão nas ruas coletando dados para o levantamento, que foi prorrogado até o dia 14 de agosto. O principal foco, neste momento, são crianças de 5 a 12 anos.
A coordenadora-geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Doralice Severo Cruz, explica que é por meio desse estudo que os governos federal, estadual, distrital e municipal podem planejar políticas públicas e ações da Política Nacional de Saúde Bucal com base nas necessidades reais dos brasileiros. “Por isso, se uma equipe do SB Brasil identificada chegar à porta da sua casa, participe! A entrevista e o exame são rápidos e levam em torno de cinco minutos”, convida.
Os responsáveis pelo levantamento epidemiológico de saúde bucal visitam as residências identificados com colete, sacola e crachá. Em caso de dúvida, os moradores podem entrar em contato com as secretarias municipais e confirmar os dados do profissional. Ao todo, 2.544 examinadores, anotadores e arroladores participam do levantamento de forma direta, visitando a população e realizando levantamento de dados e exames bucais.
Resultados preliminares e avanços
Até o momento, a pesquisa indica que há muitos brasileiros precisando de cuidados em saúde bucal. Entre os idosos (65 a 74 anos), 44,9% necessitam de algum tipo de tratamento imediato, devido à dor ou infecção dentária. Entre os adultos de 35 a 44 anos, foi identificada a necessidade de realizar ao menos um procedimento odontológico eletivo em 48,4% dos examinados. Também chama atenção a alta proporção do componente ‘cariado’, o que significa que, no momento do exame, a pessoa tinha ao menos uma cárie não tratada.
A suspensão dos atendimentos odontológicos durante os períodos mais críticos da pandemia é uma hipótese a ser estudada para entender esses achados. Diante dos números, o Ministério da Saúde considera urgente a promoção de campanhas de conscientização e incentivos para que a população busque por atendimento odontológico imediatamente. Quanto antes o problema for identificado, mais simples será o tratamento.
No mês de maio, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou o projeto de lei nº 8131/2017 que inclui a Política Nacional de Saúde Bucal, também conhecida como Brasil Sorridente, na Lei Orgânica da Saúde. A partir de agora, a saúde bucal passa a ser um direito de todos os brasileiros garantido por lei. O ato reconheceu a importância do acesso ao atendimento odontológico no SUS e reforçou o compromisso do Governo Federal com o cuidado integral da população brasileira.
Em junho, o Ministério da Saúde ampliou o Brasil Sorridente, levando atendimento especializado odontológico para a população de municípios de até 20 mil habitantes em todo Brasil. A portaria que instituiu o Serviço de Especialidades em Saúde Bucal (SESB) vai viabilizar que esses municípios ofereçam até três especialidades para garantir o cuidado integral da população. A expectativa é que mais de 15,2 milhões de brasileiros tenham acesso à prevenção, tratamento especializado e recuperação dentária com a nova estratégia. Dessa forma, o Governo Federal reforça o compromisso de garantir o acesso à saúde bucal em regiões de vazios assistenciais.
SB Brasil
Com recortes por estados, regiões, capitais e municípios, o SB Brasil é uma pesquisa abrangente que adota metodologia validada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), permitindo que os números do Brasil possam ser comparados com outros países. O levantamento é coordenado e financiado pelo Ministério da Saúde, com a participação das secretarias estaduais e municipais de saúde, entidades da odontologia, universidades e institutos de pesquisa.
Esta edição havia sido planejada para começar em 2020, mas foi adiada devido à pandemia. O estudo está realizando entrevistas e exames bucais indolores na população de 422 cidades brasileiras, sendo 27 capitais e 395 cidades do interior. São examinados e entrevistados em seus domicílios crianças de 5 e de 12 anos, adolescentes de 15 a 19 anos, adultos de 35 a 44 anos e idosos de 65 a 74 anos, escolhidos de forma aleatória.
Laísa Queiroz
Ministério da Saúde