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MISSÃO YANOMAMI
Testes rápidos de malária começam a ser distribuídos nesta semana em Território Yanomami
O combate à malária é uma ação emergencial e prioritária na missão no território Yanomami. O Ministério da Saúde começa a distribuir, a partir desta sexta-feira (10), oito mil testes rápidos para serem usados no atendimento a situação de Emergência Nacional de Saúde. A expectativa é que o número de testes seja usado durante dez dias de ações dos agentes de saúde, com a entrega de novos kits a partir do envio de novos profissionais da Força Nacional do SUS.
Com essa nova distribuição, desde o início das ações do Centro de Operações de Emergência (COE) Yanomami, serão 20 mil testes rápidos enviados para a região. A distribuição de testes contribui para o diagnóstico e tratamento dos povos indígenas, ao proporcionar mais agilidade nas intervenções de saúde e no direcionamento de um tratamento observado.
"Foram definidos os pontos iniciais em que haverá o uso dos testes. Serão eles: Auaris, Surucucu, Missão Catrimani, Maloca Paapiú, Kataroa e Waphuta", informa o enfermeiro e responsável pelo núcleo 5 de combate a doenças em eliminação do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami, Alex Bauman.
O especialista explica que o plano foi elaborado pelo COE Yanomami, devido à importância de se diagnosticar rapidamente os casos de contaminação. "Os testes rápidos foram escolhidos devido a facilidade de uso e o peso - sendo mais leve, é mais fácil viabilizar o envio para as áreas remotas", pontua.
Ponto de apoio do Programa Nacional de Prevenção e Combate da Malária (PNCM), Brenda Coelho explica que os testes serão usados em 100% da população dos pontos definidos no Plano. "Mesmo os pacientes assintomáticos serão testados. Assim teremos uma análise mais precisa da situação nas aldeias. E o teste é simples: o agente coleta uma gota de sangue do paciente e utiliza um reagente para identificar a doença", conta.
No entanto, nos casos de pacientes com recaída no tratamento de malária, também será possível realizar o teste da Gota Espessa. "Esse é o teste padrão ouro em nível nacional, ele é mais específico nos resultados, com o número, por exemplo, de parasitas gametócitos", finaliza.
Emergência no território
Em visita à Missão Catrimani, o Secretário de Saúde Indígena (Sesai), Ricardo Weibe Tapeba, destacou a importância de se garantir infraestrutura e equipamentos aos agentes e indígenas alocados. O titular da pasta visitou a região nessa quarta-feira (8) e apresentou a urgência na solução dos atendimentos. "Em geral, o polo de saúde apresenta boas condições, mas são necessárias intervenções na parte de logística. É uma preocupação, também, o cenário das comunidades próximas", observou. Segundo os profissionais do local, uma das comunidades não recebe visita de agentes de saúde há mais de um ano, devido à falta de estrutura para acesso.
Weibe detalha que as demandas são por telefone, internet para comunicação, infraestrutura, insumos e equipamentos. "As equipes são bem engajadas no território todo, mas relatam a falta de lâminas para os testes e monitoramento da malária, por exemplo. E a doença é uma grande demanda da região", pontuou.
Atualização: o número de testes rápidos para malária foi atualizado para 8 mil