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DIA MUNDIAL DO CÂNCER
Desigualdades sociais são desafio para redução de mortalidade por câncer
Com impacto direto na rede de atendimento especializado do Sistema Único de Saúde (SUS) e em milhares de famílias, o câncer é um dos grandes desafios da saúde mundial. Nesta semana, por ocasião do Dia Mundial do Câncer, lembrado neste sábado, 4 de fevereiro, o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (Inca) apresentaram o estudo “Estimativa 2023: incidência de câncer no Brasil”. De acordo com o levantamento, o país segue em tendência de crescimento de mortes prematuras, principalmente em pessoas de 30 a 65 anos.
Entre 2011 e 2015, foram 280 mil óbitos de homens nessa faixa etária e a projeção para o período de 2026 a 2030 é 355 mil. Quando o recorte é entre mulheres, são 261 mil perdas no período inicial e a expectativa é de 351 mil até 2030. Devido ao longo período de latência, comum em muitos tipos da doença, o rastreio e o acesso ao tratamento são fundamentais para a redução dos índices, uma tendência que deve ser materializada a partir de 2030 em algumas regiões do país, como o sudeste, que experimentará redução de casos do câncer de mama e de pulmão.
Multifatorial, o diagnóstico de câncer guarda ligação estreita com fatores ambientais, hábitos e a região do paciente. Quanto pior as condições sócio-ambientais, maior é o número de mortes em casos tratáveis. O processo de envelhecimento da população no Brasil é outro fator a ser considerado, uma vez que, na velhice, há maior incidência de doenças crônicas.
O Dia Mundial do Câncer é uma iniciativa da União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), em parceria com diversos organismos, para promover a conscientização internacional no calendário global de saúde, que propõe ações de educação, de conscientização e de diálogo com governos.
Ministério da Saúde