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MAIS MÉDICOS
Ministério da Saúde promove oficina prática para mais de mil profissionais do Mais Médicos
Foto: divulgação
Profissionais do programa Mais Médicos participaram, nesta segunda-feira (28), de capacitação para o desenvolvimento de habilidades e ferramentas técnicas para a utilização do Suporte Básico de Vida na Atenção Primária do Sistema Único de Saúde (SUS). A atividade foi realizada em Brasília (DF), com a participação dos 1.040 médicos do Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv).
O módulo é o primeiro momento formativo do médico brasileiro titulado no exterior e tem como objetivo integrá-lo para a atuação generalista na atenção básica no contexto do SUS. Os participantes foram treinados em blocos: 520 pessoas pela manhã, com uma hora de teoria e três horas de prática. Pela tarde, as atividades foram apresentadas aos demais 520 participantes, no mesmo modelo de tempo.
O secretário de Atenção Primária substituto, Felipe Proenço, participou da abertura das aulas. Ele tratou de temas fundamentais da atenção básica, como o papel e responsabilidade dos agentes comunitários de saúde. “O Ministério da Saúde faz esse convite para que vocês participem dessa grande estratégia e possam construir com a gente a Atenção Primária do futuro”, conclamou Proenço aos profissionais.
Na capacitação, os médicos contam com a oportunidade de adquirir conhecimentos em aulas ministradas por instrutores do SAMU, diplomados pela American Heart Association, vindos de todo o Brasil. Também contaram com o apoio de monitores e residentes da Enfermagem de Urgência e Trauma da Escola Superior de Ciências da Saúde do Distrito Federal, que também passaram por capacitação prévia por estes instrutores.
Nas salas de aula, os profissionais em preparo também tiveram a oportunidade de debater situações-problema ou casos, em grupo, sobre abordagem, conduta terapêutica medicamentosa e conduta não medicamentosa ao atender pacientes. “A ideia é ter um momento proveitoso, discutindo as especificidades dos territórios onde eles vão atuar, valorizando a experiência de cada um”, explica a médica de Saúde da Família Luciana Cajado, que ministra aulas em uma das turmas da capacitação.
A médica Joicylane Cristina Barbosa destaca o caráter acolhedor e humano para qual está sendo preparada para atuar. “Minha expectativa é fazer a diferença na vida das pessoas. Aqui, a gente aprende muito a lidar e como atender às famílias. No Módulo de Acolhimento a gente vê que realmente não é só o profissional que está no centro, mas a preocupação maior é com a população”, diz.
“Quero fazer valer o que está na lei, levar saúde e qualidade de vida a quem precisa. Quando era criança, vi um atendimento médico e via que faltava algo mais. Cresci pensando em querer ser a medicina que queria ter. É isso que me motiva. Saber que outras pessoas podem ter acesso a uma medicina que a gente sonha em oferecer”, acrescenta o médico intercambista Jonatan Santos de Jesus.
Ao todo, até o fim do ano, a expectativa é ter mais de 28 mil médicos atuando nos postos de saúde de todo o país por meio do programa, assegurando acesso à saúde para mais de 96 milhões de brasileiros que vivem em áreas remotas de difícil provimento médico e de maior vulnerabilidade.
Nathan Victor
Ministério da Saúde