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ATENÇÃO PRIMÁRIA
Oficina da Rede de Atenção Materna e Infantil chega à Curitiba (PR)
Fotos: Mariane Sanches/MS
Após o avanço da implementação da Rede de Atenção Materna e Infantil (Rami) no Norte e Nordeste do Brasil, a oficina que capacita gestores e profissionais de saúde para adequar os serviços aos novos critérios da rede chegou à região Sul. Nesta semana, a iniciativa foi levada ao Paraná pela equipe técnica responsável pela pauta no Ministério da Saúde.
O encontro aconteceu na capital, Curitiba, que é referência no desempenho dos indicadores voltados ao pré-natal, parto e nascimento na atenção primária à saúde e se destacou no programa Previne Brasil. Na ocasião, as secretarias de saúde do estado e do município apresentaram à equipe ministerial a estrutura da linha de cuidado do eixo materno e infantil e as experiências exitosas locais. Além disso, pactuaram o início do processo de habilitação de novos serviços nos critérios da Rami.
As habilitações de Maternidades de Baixo Risco (MAB), Ambulatórios de Alto Risco para gestantes (Agar) e Ambulatórios para Crianças Egressas de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Aneo), previstos pela Rami, trazem a possibilidade de complementar o processo de cuidado que já faz parte da rede do estado. No Paraná, a linha de cuidado materna e infantil se estabelece a partir de um modelo de atenção às condições crônicas, com a estratificação de risco como principal ferramenta para vinculação das gestantes da atenção primária à hospitalar, tanto para o parto quanto para as situações de urgência e emergência no pré-natal, no pós parto e na atenção aos os bebês.
“A atenção materna e infantil paranaense vai ao encontro da reestruturação da política preconizada pelo Ministério da Saúde, uma vez que a estratificação de risco determina a lógica de cuidado compartilhado das gestantes e dos bebês de risco intermediário e alto risco na atenção ambulatorial especializada”, destacou a diretora do Departamento de Saúde Materno Infantil do Ministério da Saúde, Lana de Lourdes Aguiar Lima. Para ela, um diferencial visto no Paraná é a possibilidade de identificar a real porcentagem de gestantes que necessitam de um serviço especializado para a oferta de um pré-natal de qualidade, seguro e humanizado.
O secretário de Atenção Primária da pasta, Raphael Câmara, também participou da abertura da oficina e conheceu pessoalmente a Unidade de Saúde Mãe Curitibana, que leva o nome do programa que institui a linha de cuidado da cidade.
Além da Unidade de Saúde, a equipe ministerial visitou os principais hospitais que são referência para o cuidado materno infantil na capital e no estado. Entre eles, estão o Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná, a Maternidade Mater Dei, o Complexo Hospitalar do Trabalhador e os ambulatórios de gestação de alto risco e de atenção aos recém-nascidos e crianças egressas de unidade neonatal, que estão vinculados ao Consórcio Metropolitano de Saúde do Paraná (Comesp).
Sobre a Rami
A Rede de Atenção Materna e Infantil foi instituída por meio das Portarias GM/MS nº 715/2022 e GM/MS nº 2.228 a partir da necessidade de atualização e ampliação da rede existente, trazendo os preceitos de segurança e qualidade como pilares inerentes à humanização. O principal objetivo é assegurar à mulher o direito ao planejamento familiar e à atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério. Também assegura às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis.
A rede amplia em R$ 624 milhões o financiamento dos serviços atuais e inclui novo incentivo para as Maternidades de Baixo Risco que realizam acima de 500 partos por ano, para os Ambulatórios de Gestação de Alto Risco e para o Serviço de Atenção Ambulatorial Especializada do Seguimento do Recém-nascido e Criança prioritariamente Egressos da Unidade Neonatal (Aneo).
Mariane Sanches/Saps/MS