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IMUNIZAÇÃO
Ministério da Saúde promove mobilização contra poliomielite e multivacinação em Macapá (AP)
Para ampliar a cobertura vacinal das crianças menores de cinco anos contra a poliomielite e atualizar a caderneta dos menores de 15 anos, o Ministério da Saúde realizou, na quinta-feira (8), ato de imunização na Creche Municipal Tio Soró, em Macapá (AP). Desde o início da campanha, o Norte apresenta a menor taxa de vacinação entre as regiões do Ppaís.
Com 32,9% do público-alvo da campanha vacinado contra a pólio, Macapá foi a capital escolhida para essa mobilização que reforça a importância de proteger as crianças da paralisia infantil. Na Região Norte, foram imunizadas somente 25,8% das crianças menores de 5 anos, desde o lançamento da campanha em 08 de agosto.
Para ampliar a oportunidade dos pais e responsáveis levarem as crianças de todo o País aos postos de vacinação, a Pasta prorrogou a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação de 2022 até 30 de setembro.
Durante a mobilização na escola infantil, que também contou com membros da família do Zé Gotinha, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, imunizou um menino contra a paralisia infantil e alertou a população amapaense que a doença é um inimigo visível e perigoso, mas que a vacinação é o método mais eficaz de proteção.
Sobre a baixa cobertura, Queiroga atribuiu a um efeito mundial causado pela pandemia da Covid-19. “O mundo enfrentou nos últimos dois anos a maior emergência de saúde pública de importância nacional. Com isso, houve uma perda nas coberturas vacinais. Por outro lado, existe um efeito paradoxal, as doenças desaparecem e a população tem uma falsa segurança de que a enfermidade não volta mais e nós sabemos que isso é uma armadilha", explicou.
O diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis (DEIDT), Cássio Peterka, destacou que a vacinação é relevante para a garantia de saúde da população. “Incentivar a vacinação nessa retomada das ações de vigilância em saúde é muito importante para que a gente consiga evitar que novas doenças sejam reintroduzidas no País”, pontuou.
Queiroga ainda lembrou que a partir de 2019 voltaram a ser notificados casos de sarampo. “Não é defensável que tenhamos doenças já extintas no país, sendo que dispomos de vacinas em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS)”, reforçou o ministro. Aproximadamente 40 mil postos de vacinação estão abertos para aplicar doses das vacinas previstas no calendário nacional de imunizações. São elas:
- Hepatite A e B
- Penta (DTP/Hib/Hep B)
- Pneumocócica 10 valente
- VIP (Vacina Inativada Poliomielite)
- VRH (Vacina Rotavírus Humano)
- Meningocócica C (conjugada)
- VOP (Vacina Oral Poliomielite)
- Febre amarela
- Tríplice viral (Sarampo, Rubéola, Caxumba)
- Tetraviral (Sarampo, Rubéola, Caxumba, Varicela)
- DTP (tríplice bacteriana)
- Varicela
- HPV quadrivalente (Papilomavírus Humano)
Para os adolescentes, estão disponíveis as vacinas: HPV, dT (dupla adulto), Febre amarela, Tríplice viral, Hepatite B, dTpa e Meningocócica ACWY (conjugada).
Dados brasileiros
Em todo Brasil, até agora, a campanha beneficiou 36,9% do público-alvo que precisa ser protegido contra a poliomielite. Foram aplicadas cerca de 4,2 milhões de doses. Mais de 14,3 milhões de crianças menores de cinco anos estão nesse grupo, sendo que menores de 1 ano deverão ser imunizados conforme a situação vacinal para o esquema primário. As crianças de 1 a menores de 5 anos deverão tomar uma dose da Vacina Oral Poliomielite (VOP), desde que já tenham recebido as três doses de Vacina Inativada Poliomielite (VIP) do esquema básico.
Karol Ribeiro
Ministério da Saúde