Notícias
AMOR PARA RECOMEÇAR
Doação de órgãos: Ana Julya, de 13 anos, ganhou um novo coração
Um único doador pode beneficiar até oito pessoas com o transplante de órgãos e tecidos. Esse ato de amor e solidariedade é tema da Campanha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos e Tecidos de 2022, que destaca a importância de se declarar um doador.
Quem recebe órgãos doados ganha uma nova oportunidade de viver. Foi o caso de Ana Julya Vidal, de 13 anos, que em 2016 passou por um transplante de coração no Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF).
“Aos 45 minutos do segundo tempo recebi a notícia de que tinham encontrado um coração para ela. Eu só conseguia agradecer à família doadora, em especial à mãe, que no pior momento da vida disse sim e deu a vida da minha filha novamente”, conta a mãe de Ana Julya, Karla Vidal.
Moradora de Luziânia/GO, Ana Julya nasceu com cardiopatia congênita, atresia pulmonar e hipoplasia do ventrículo direito. Até os seis anos de idade passou por quatro cirurgias. A primeira foi realizada com apenas quatro dias de vida, a segunda com 11 meses, a terceira com quase dois anos de idade e a quarta cirurgia aos 5 anos e 8 meses.
Karla relata que o processo foi difícil, pois houve muitas complicações ao longo desse período. “Nessa época, minha filha já não conseguia fazer nada, nem mesmo pentear o cabelo, pois era muito cansada”, explica.
Com seis anos e meio, Ana Julya entrou em insuficiência cardíaca congestiva grau III, doença crônica em que o coração não consegue bombear sangue adequadamente. O paciente pode sentir falta de ar, fadiga, pernas inchadas e batimentos cardíacos acelerados. A partir daí, a pequena entrou para a lista de transplante cardíaco.
Com o sonho de brincar na cama elástica e andar de bicicleta, Ana Julya foi beneficiada com um novo coração. “Hoje ela tem uma vida normal. Brinca, corre, pula e principalmente é muito feliz”, relata Karla, que aconselha a população a pensar sobre doação de órgãos.
"Doar órgãos é doar vida. É dar esperança a quem necessita de uma nova chance. É uma forma de ter uma parte viva de quem amamos e que já se foi", conclui a mãe.
Karol Ribeiro
Ministério da Saúde