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Brasil conclama membros da OPAS para erradicação da poliomielite na região das Américas
Países membros da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) aprovaram, nessa segunda (26), proposta do Brasil para debater o tema erradicação da poliomielite na região das Américas. A proposta foi apresentada durante a 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana, realizada em Washington D.C, nos Estados Unidos.
“Sabemos que, graças à vacinação, a pólio foi eliminada das Américas em 1994. Nós fomos a primeira região do mundo a alcançar esse resultado. No entanto, estamos em um momento delicado, frente à ameaça do retorno da poliomielite em nossa região”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reforçando que é necessário que os países unam esforços para frear qualquer avanço da doença em tempo hábil.
Na conferência, Queiroga elencou diretrizes para a eliminação e prevenção da doença na região:
- Promoção de vigilância epidemiológica sensível, que permita a detecção e investigação de todos os casos de paralisia flácida aguda (PFA);
- Incremento da cobertura vacinal;
- Elaboração de plano de resposta a surtos atualizado, de acordo com os procedimentos operacionais padrão publicados pela OMS em julho deste ano.
A tese de esforço concentrado vem ao encontro dos trabalhos do Brasil para evitar o retorno da doença no País. No país, para a vacinação contra o vírus que causa a paralisia infantil, o público-alvo são as mais de 14,3 milhões de crianças menores de cinco anos de idade, sendo que as crianças menores de 1 ano deverão ser imunizadas conforme a situação vacinal para o esquema primário.
Conferência Sanitária Pan-americana
A Conferência é a autoridade máxima de governança da OPAS e de cinco em cinco anos todos os seus Estados-membros se reúnem para determinar suas políticas gerais. Em 2022, a OPAS comemora seu 120º aniversário.
Nesta segunda (26), o ministro da Saúde também falou sobre o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) para o enfrentamento de emergências, além da importância da Atenção Primária na prevenção de doenças e promoção da saúde.
“Acreditamos que o pilar essencial para o enfrentamento a futuras emergências sanitárias está no fortalecimento dos sistemas nacionais de saúde. No Brasil, foi com base no nosso Sistema Único de Saúde, o SUS, que foi possível controlar o cenário epidemiológico e vencer a emergência sanitária”, afirmou.
O ministro também falou sobre a capacidade industrial do Brasil na área da saúde. “O fortalecimento do complexo econômico-industrial da saúde é outra de nossas prioridades. Com esse propósito, temos atuado no sentido de fortalecer e expandir as capacidades de inovação, pesquisa e desenvolvimento, e produção de testes, tratamentos e vacinas”, reforçou.
Também participaram desse primeiro dia de Conferência a diretora da OPAS, Carissa F. Etienne, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus e outras autoridades.
Nathan Victor
Ministério da Saúde