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ATENÇÃO PRIMÁRIA
Amazonas recebe Oficina de Implementação da Rede de Atenção Materna e Infantil
Foto de Mariane Sanches
O Ministério da Saúde deu continuidade à Oficina de Implementação da Rede de Atenção Materna e Infantil (Rami) no norte do país, dessa vez em Manaus, em ação conjunta a visita ministerial relativa ao Programa Previne Brasil, para reconhecimento do bom desempenho da capital amazonense na Atenção Primária à Saúde (APS).
A Rami traz ao Amazonas mais uma possibilidade de elevar a qualidade e a segurança da atenção à saúde de gestantes puérperas e bebês, uma vez que os componentes dispostos na rede já estão presentes na estrutura dos serviços materno infantil do estado, que poderá receber incentivo federal a partir da habilitação desses serviços nos critérios da Portaria GM/MS Nº 2.228/2022.
O Secretário Nacional de Atenção Primária, Raphael Câmara compôs a mesa de abertura da oficina ao lado da diretora do Departamento de Saúde Materno Infantil, Lana de Lourdes, e do secretário estadual de Saúde de Amazonas, Anoar Samad. A atividade também atraiu representantes da gestão municipal de Saúde da superintendência do Ministério da Saúde no estado.
Gestores e profissionais da saúde materna e infantil do Amazonas apresentaram experiências bem sucedidas na área e puderam tirar dúvidas com a equipe ministerial sobre as etapas de habilitação dos serviços.
O Programa Cuida Mais Brasil também foi apresentado aos profissionais como mais uma iniciativa que, assim como a Rami, visam promover, complementar e garantir o cuidado integral e focado nas especificidades maternas e infantis, desde a atenção primária até os serviços especializados necessários à gestação, ao parto, ao puerpério e ao crescimento e desenvolvimento infantil.
Indicadores do Previne na Rami
Os participantes conheceram quatro indicadores monitorados pela Rami que fazem parte do Previne Brasil, que é o programa de financiamento da Atenção Primária à Saúde.
Dentre os indicadores do Previne Brasil que são monitorados pela Rami, estão: proporção de gestantes com pelo menos seis consultas pré-natal realizadas, sendo a primeira, até a 12ª semana de gestação; proporção de gestantes com realização de exames para sífilis e HIV; proporção de gestantes que passaram por atendimento odontológico e Proporção de crianças de 1 (um) ano de idade vacinadas na APS contra Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B, infecções causadas por haemophilus influenzae tipo b e Poliomielite inativada.
Esses parâmetros têm o propósito de qualificar a rede estadual, inspirado nos bons resultados que colocaram Manaus na liderança do ranking Previne.
Prioridade no mapa do Brasil
O Amazonas é um dos estados prioritários para adequação de critérios de segurança e qualidade à rede materna e infantil, pois tem necessidades específicas, relacionadas à grande extensão territorial e a dificuldade de acesso à municípios ribeirinhos; em alguns casos possível apenas por transporte fluvial ou aéreo.
Para enfrentar desafios como esse, a Rami foi estruturada para apoiar a ampliação da capacidade tecnológica dos serviços de alto risco, a qualificação e o provimento de profissionais para a oferta dos cuidados em saúde para o binômio mãe-bebê.
A agenda da equipe do Ministério da Saúde no estado também contou com visitas técnicas aos principais serviços disponíveis na rede materna e infantil, com a intenção de identificar necessidades e reconhecer potencialidades do território. Ao todo, a equipe esteve em nove instituições de saúde amazonenses e atestou que entre elas há serviços com potencialidade de habilitação na Rami. Exemplo disso são os Ambulatórios de Baixo Risco (MAB), Ambulatórios de Alto Risco (Agar) e Ambulatório Especializado para o Seguimento recém-nascido (Aneo).
De Mariane Sanches/DSMI Saps