Notícias
ATENÇÃO PRIMÁRIA
Acre poderá contar com mais recursos para reduzir mortalidade materna e infantil no Estado
Foto: Divulgação MS
Para aprimorar e fortalecer a organização dos serviços materno-infantis, o Ministério da Saúde liberou mais incentivos financeiros federais para atendimento de gestantes, mães e recém-nascidos. E o Acre já poderá solicitar o aporte financeiro para atuar na redução contra a mortalidade materna e infantil, segundo anúncio feito durante agenda técnica de implementação da Rede de Atenção Materna e Infantil (Rami) nos dias 12 e 13 de outubro, em Rio Branco. O estado marca a lista dos primeiros dez estados previstos para a capacitação promovida pela equipe técnica da Saúde.
“O Ministério da Saúde trabalhou para duplicar o orçamento da Federação destinado à rede materna e infantil dos estados e municípios. Conseguimos um montante de 624 milhões para serem absorvidos na rede e estamos viajando o País para auxiliar as equipes nesse processo”, explicou a diretora do Departamento de Saúde Materno Infantil do Ministério da Saúde, Lana de Lourdes, que lidera a agenda ministerial.
Entre os serviços que agora poderão receber incentivo financeiro federal estão as Maternidades de Baixo Risco (MAB), com recursos entre R$ 840 mil e R$ 1,2 milhão por ano, a depender da produção de partos, os Ambulatórios Especializados para Gestação de Alto Risco (Agar), que poderão receber incentivo de até R$1,2 milhão ao ano, e os Ambulatórios Especializados para recém-nascidos e crianças egressos prioritariamente de unidade Neonatal (Aneo), que contam com um incentivo de R$ 600 mil por ano.
Atenção Materna e Infantil no Acre
A equipe do Ministério da Saúde conheceu um pouco da estrutura das unidades de referência para alto risco no estado, e o resultado é positivo: o Acre está se qualificando para prestar uma assistência de qualidade, segura e humanizada às gestantes, às puérperas e aos bebês.
O primeiro ponto de parada foi o Ambulatório Especializado para Gestação de Alto Risco (AGAR) em Rio Branco. O local atende aos requisitos para habilitação e, por isso, poderá receber recursos federais. A unidade já dispõe de equipe completa de médicos e enfermeiros obstetras; fluxo de atendimento estabelecido; e oferta de encaminhamento de gestantes a outras especialidades como cardiologista, endocrinologista e gastroenterologista.
Além do AGAR, a equipe técnica do Ministério da Saúde ainda visitou o Ambulatório Especializado para o Recém-Nascido e Criança, que atende crianças encaminhadas, prioritariamente, da unidade neonatal.
A equipe esteve na Policlínica Tucumã, que oferece referenciamento para Unidades de Cuidados Intermediários Convencionais (UCINCo) e Unidades de Cuidados Intermediários Canguru (UCINCa) e que também poderá receber incentivos financeiros da Rede de Atenção Materna e Infantil (Rami).
Oficina - Rede de Atenção Materna e Infantil
A oficina da Rami no Acre contou com representantes dos 22 municípios e abordou temas como a reorganização dos processos de trabalho, aprimoramento do cuidado, planejamento familiar, pré-natal e nascimento, perda gestacional, puerpério e cuidado do recém-nascido e da criança.
A equipe responsável pelo encontro apresentou os critérios da rede e as possibilidades de melhoria para as ofertas de saúde materna e infantil. Além disso, a caravana ministerial visitou os serviços locais para conhecer a realidade do território e, assim, auxiliar as equipes no processo de qualificação da assistência a gestantes, puérperas e bebês.
De acordo com a coordenadora estadual da Rami no Acre, Elizama Maria de Lima, a transição trará importantes mudanças no cenário local. “Teremos que construir um plano regional e macrorregional para habilitar alguns serviços e aprimorar outros que já estão dando certo, conforme as exigências do Ministério da Saúde”, relatou.