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ATENÇÃO PRIMÁRIA
No Morumbi, Ministério da Saúde incentiva homens a buscarem serviços do SUS
Foto: Laísa Queiroz/MS
Homens têm pelo menos 40% mais chances de morrer em decorrência de doenças crônicas – especialmente cardiovasculares e respiratórias – do que mulheres. Para incentivar o público masculino ao autocuidado e a buscar atendimento profissional regularmente, o Ministério da Saúde foi até o Morumbi, em São Paulo (SP) nesta terça-feira (8) como parte das ações do Novembro Azul nos estádios de futebol.
“Até hoje os homens são resistentes em procurar um médico e, em geral, só fazem isso quando já estão com uma doença em estágio mais agravado”, explicou o secretário de Atenção Primária à Saúde (APS) da pasta, Raphael Câmara, durante o jogo entre São Paulo e Internacional. “A gente vem lembrar que o Sistema Único de Saúde (SUS) está pronto para receber vocês em qualquer situação e que se prevenir é o melhor cuidado possível”, convida.
Minutos antes do início da partida, o Ministério da Saúde exibiu uma faixa pelo campo com o slogan da campanha de 2022 e transmitiu um vídeo que explica a importância de procurar a unidade básica de saúde (UBS) mais próxima:
Além de alertar os homens sobre o diagnóstico precoce do câncer de próstata, as ações do Novembro Azul também buscam sensibilizar pacientes, gestores e profissionais de saúde quanto ao cuidado integral, considerando fatores socioculturais relacionados à masculinidade e ao adoecimento.
Saúde do homem
Apesar do aumento da expectativa de vida da população brasileira, os homens ainda vivem, em média, 7,1 anos a menos que as mulheres e morrem mais em todas as causas de óbito nas diversas faixas etárias. No caso das doenças crônicas não transmissíveis, o uso prejudicial de álcool, a pressão alta, dieta e estilo de vida pouco saudáveis aumentam esse risco (VIGITEL, 2020).
Parte do problema é explicada pela baixa procura desse público pelos serviços de saúde. Atualmente, 34% dos homens brasileiros entre 20 e 59 anos não estão cadastrados na Atenção Primária do SUS. Em 2021, apenas 28% dos atendimentos foram de usuários do sexo masculino, segundo o DataSUS. Isso significa que os homens têm menor participação em ações preventivas e de promoção à saúde e, consequentemente, maior percentual de internações hospitalares por causas sensíveis à APS: 20,4% ante 15,5% entre as mulheres (VIGITEL, 2019).
Laísa Queiroz/Saps/MS