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VIGILÂNCIA
Mais de 32 milhões de testes RT-PCR para diagnóstico de Covid-19 já foram distribuídos para todo o Brasil
Foto: Myke Sena/MS
Para garantir o diagnóstico de Covid-19, o teste RT-PCR é considerado padrão ouro no Sistema Único de Saúde (SUS) porque apresenta alta sensibilidade (aproximadamente 86%) e alta especificidade (acima de 95%). Isso significa que o teste é capaz de identificar pessoas doentes entre aquelas com sintomas suspeitos para a doença investigada. Desde o início da pandemia, mais de 32,2 milhões de reações de RT-PCR foram enviadas para todos os estados e o Distrito Federal. A metodologia utilizada identifica todas as variantes da Covid-19.
O Brasil possui 27 Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen), três centros nacionais de referência (NIC) e laboratórios colaboradores, capacitados a realizar teste diagnóstico para a detecção do SARS-CoV-2 pela metodologia RT-PCR em tempo real. O Ministério da Saúde é responsável pela aquisição, distribuição aos estados e monitoramento dos insumos.
Como funciona
A amostra de secreção respiratória para o RT-PCR é sempre colhida por um profissional de saúde. O diagnóstico é feito por biologia molecular, que permite identificar a presença do material genético (RNA) do vírus Sars-Cov-2 na amostra coletada. O exame pode ser feito por qualquer pessoa sintomática.
A coleta deve ocorrer o mais precocemente possível, quando o paciente com síndrome gripal (SG) ou síndrome respiratória aguda grave (SRAG) está na fase aguda da infecção, ou seja, até o 8º dia após o início dos sintomas. Para pacientes graves hospitalizados, a coleta pode ser feita até o 14º dia do início dos sintomas.
Os sintomas mais comuns da Covid-19 são febre, tosse, dor de garganta, coriza, dor de cabeça, perdas olfativas/gustativas e dores no corpo. São considerados sinais graves: falta de ar, baixos níveis de saturação de oxigênio, cianose, letargia, confusão mental e sinais de desidratação.
Sequenciamento genético
A vigilância de vírus respiratórios é uma rotina no SUS. Há mais de 20 anos, uma proporção das amostras coletadas é destinada para sequenciamento genético ou diagnóstico diferencial. Segundo informações da Fundação Oswaldo Cruz, por meio desse sequenciamento é possível entender a história de um vírus, detectar variantes, estabelecer por onde ele passou, discutir programas de ação e atualizar vacinas.
Com a pandemia da Covid-19, os exames continuaram sendo realizados pelos centros de referência: Fiocruz, Instituto Adolfo Lutz (IAL) e Instituto Evandro Chagas (IEC), todos vinculados ao Ministério da Saúde. Os Lacens também realizam sequenciamento.
Bianca Lima
Ministério da Saúde