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LEGADO
E-SUS Linha da Vida: plataforma do Ministério da Saúde vai reunir dados de vigilância e saúde da população brasileira
- Foto: Julia Prado/MS
Uma plataforma padronizada, abrangendo toda a vida de cada brasileiro, unificando informações já coletadas em diferentes sistemas de notificação. Esse é o objetivo do e-SUS Linha da Vida, nova plataforma do Ministério da Saúde. O tema está entre os assuntos que serão debatidos nesta quinta-feira (3) e sexta-feira (4) no seminário “Sistemas de Informação no Cenário Pós-Pandemia: Inovações e Perspectivas”, promovido pela Pasta. A abertura do evento aconteceu no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília (DF).
O e-SUS Linha da Vida vai reunir sistemas de notificação que abrangem toda a vida da pessoa, desde o nascimento até o óbito, produzindo informações qualificadas sobre estatísticas vitais e morbidade, essenciais para tomada de decisão e formulação de políticas públicas. O objetivo é ter informação por meio de um identificador único de cada pessoa (por CPF ou número do Cartão Nacional de Saúde), com a ficha de notificação unificada para todos os agravos/doenças, padronização de campos comuns de diferentes sistemas, uso de terminologias padronizadas, além de permitir a emissão das declarações de nascido vivo e óbito de forma eletrônica.
Para o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a plataforma é uma importante ferramenta de acesso à informação para esta e as próximas gerações. “Durante a pandemia da Covid-19, vimos a importância de ter dados confiáveis. Eles são fundamentais para a tomada de decisão. Os dados são dos brasileiros e a responsabilidade de guardá-los com segurança é do Ministério da Saúde. Este é um legado que a atual gestão deixa para o futuro da saúde pública”, declarou.
A plataforma vem sendo construída em fases e deverá ser concluída em três anos. A primeira fase abrange uma modernização e aprimoramento dos sistemas de informação da Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, incluindo o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). Esses sistemas nascem integrados à Rede Nacional de Dados em Saúde e estão aderentes à Política Nacional de Informação e Informática e à Estratégia de Saúde Digital do Sistema Único de Saúde. O programa foi aprovado pelo Comitê Gestor da Estratégia de Saúde Digital em abril de 2021.
“Lutamos pelo que chamamos carinhosamente de diplomacia da saúde. O SUS que só avança. Queremos cada vez mais uma saúde pública de qualidade. Por isso lançamos esse programa, que representa a modernização”, justificou Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde da Pasta.
A representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) no Brasil, Socorro Gross, falou sobre o olhar para o futuro. “Quando penso em um SUS mais forte, penso no que o povo precisa, no que as famílias precisam, sem deixar ninguém para trás”, explicou.
Durante os dois dias de seminário, especialistas e técnicos do Ministério da Saúde vão debater e apresentar as inovações em sistemas de informação, além do funcionamento e aprimoramento de plataformas de notificações, como e-SUS Declarações (nascidos vivos e óbitos), módulo para registro de anomalias congênitas, e-SUS Notifica, e-SUS Sinan, Plataforma IVIS, entre outros.
Ministério da Saúde