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SAÚDE EM DEBATE
Seminário vai discutir o câncer relacionado ao trabalho no Brasil
Nesta quarta e quinta-feira (16 e 17), gestores, técnicos, pesquisadores e interessados poderão participar do seminário Câncer Relacionado ao Trabalho – Desafios e Perspectivas para a Estruturação da Vigilância Nacional. O evento promovido pelo Ministério da Saúde tem como objetivo debater os caminhos e os desafios para a vigilância relacionada à temática e será transmitido virtualmente por meio da página criada para o seminário.
Na ocasião, também será lançado O Atlas do Câncer Relacionado ao Trabalho no Brasil: Análise Regionalizada e Subsídios para a Vigilância em Saúde do Trabalhador. O material foi desenvolvido para contribuir no planejamento e na tomada de decisão nas ações de vigilância em saúde do trabalhador. Nele, estão informações teóricas sobre agentes, atividades econômicas, situações de exposição e principais características relacionadas ao trabalho descritas na literatura para 18 tipologias de câncer do estudo.
O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, e a Diretora do Departamento de Saúde Ambiental, do Trabalhador e Vigilância das Emergências em Saúde Pública, Daniela Buosi Rohlfs, participam da mesa de abertura na quarta-feira (16) e da cerimônia de encerramento, na quinta-feira (17).
Atlas do câncer relacionado ao trabalho
O período da pesquisa foi compreendido entre 1980 e 2019, em que o Brasil registrou 3.010.046 óbitos decorrentes de 18 tipologias de câncer selecionadas no estudo (bexiga; sistema nervoso central; esôfago; estômago; fígado e vias biliares; laringe; leucemias; linfoma não-Hodgkin; mama; melanoma; mesotelioma – câncer do mesotélio – membrana que cobre e reveste o interior das paredes torácica e abdominal; mieloma múltiplo; nasofaringe e cavidade nasal; ovário; próstata; pulmão, brônquios e traqueia; rim e tireoide).
Oito das tipologias representaram pouco mais de 80% do total de óbitos considerando todo o período de análise, sendo, em ordem de proporção: pulmão (21,13%); mama (12,18%); próstata (10,88%); estômago (10,58%); esôfago (7,52%); fígado (7,43%); leucemia (5,44%) e sistema nervoso central (5,29%).
Os dados da pesquisa foram extraídos de óbitos registrados no SIM, segundo local de residência, em pessoas de ambos os sexos, de 15 anos ou mais, das 27 unidades da federação. No caso de Tocantins, foram considerados os registros a partir de 1990, devido a sua emancipação do estado de Goiás, em 1989. O uso desses dados pode ampliar o conhecimento sobre o processo saúde-doença-trabalho no país e contribuir com ações direcionadas às realidades locais.
Acesse a programação completa do evento.
Ministério da Saúde