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ATENÇÃO PRIMÁRIA
Encontro on-line debate prevenção do câncer de colo do útero no dia 24 de março
O câncer de colo do útero, também conhecido como câncer cervical, é um dos tumores mais frequentes entre as mulheres, sendo o terceiro mais incidente entre as brasileiras. Para colaborar com o enfrentamento do problema, o Ministério da Saúde vai realizar um webinário com foco na prevenção da doença no dia 24 de março (quinta-feira), das 14h às 16h.
O evento on-line e gratuito contará com a presença de representantes do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e das Secretarias de Vigilância Sanitária (SVS) e de Atenção Primária (Saps) do Ministério da Saúde. “A unidade básica de saúde é o local de referência onde as mulheres podem fazer a detecção precoce da doença por meio do exame citopatológico, que permite a identificação de lesões precursoras e malignas em estágios iniciais e um tratamento mais efetivo”, afirma o secretário da Saps, o obstetra Raphael Câmara, responsável pela abertura do webinário.
Além de rastrear os casos, também é papel da Atenção Primária à Saúde (APS) desenvolver estratégias de prevenção e ações de educação e promoção da saúde e vacinação. “É importante lembrar, ainda, que mesmo casos avançados da doença passam pela APS, que faz o encaminhamento para a rede de atenção especializada e garante a integralidade do cuidado”, pontua a diretora do Departamento de Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Juliana Rezende.
O encontro, ação que faz parte do Mês da Conscientização e Combate ao Câncer do Colo de Útero (Março Lilás), tem como público-alvo gestores e profissionais de saúde da APS, mas está aberto a todos os interessados. Para assistir à transmissão ao vivo ou gravada, acesse o canal do DataSUS.
A doença
O câncer de colo do útero está intimamente associado à infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV) do tipo oncogênico, podendo infectar pele e mucosas e é transmitido por meio da relação sexual. Entretanto, o HPV isoladamente não é suficiente para o desenvolvimento da doença. É necessária a infecção persistente somada à influência de fatores como imunidade e genética.
O risco de desenvolvimento do câncer do colo do útero é de cerca de 30% se as lesões precursoras não forem avaliadas e tratadas. As alterações celulares que progridem para o câncer ocorrem, geralmente, de forma lenta, podendo levar de 10 a 20 anos, período em que podem se apresentar como lesões pré-neoplásicas assintomáticas. Apesar das possibilidades de prevenção, é um dos cânceres mais frequentes entre as mulheres no Brasil, com alta taxa de mortalidade. O Ministério da Saúde estima uma incidência anual de mais de 16.590 casos de 2020 a 2022, com risco de 15,4 casos a cada 100.000 mulheres.
“São muitos os desafios para melhorarmos as taxas de detecção precoce do câncer do colo do útero no Brasil, desde a identificação e busca ativa de mulheres elegíveis para a coleta do citopatológico pelas equipes de Estratégia de Saúde da Família até a organização da rede para disponibilização do laudo em tempo adequado” ressalta a coordenadora-geral de Prevenção de Doenças Crônicas e Controle do Tabagismo, Patricia Izetti.
Confira abaixo a programação do webinário:
14:00 – Abertura e boas-vindas - Raphael Câmara - secretário da Saps/MS
14:10 – Panorama da prevenção e detecção precoce do câncer do colo do útero no âmbito da Atenção Primária à Saúde - Patricia Izetti (CGCTAB/Depros/Saps)
14:30 – Vacinação contra o HPV e taxas de cobertura vacinal - Ana Goretti Kalume (CGPNI/DIDT/SVS)
14:50 – Organização dos serviços de atenção primária à saúde para o melhor enfrentamento do câncer do colo do útero - Karoliny Duque (CGCTAB/Depros/Saps)
15:10 – Padrões técnicos para qualificação da coleta e análise do exame citopatológico - Flávia Correa (Inca)
15:30 – Debate
16:00 – Encerramento