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ASMA
Ministério da Saúde responde às perguntas mais comuns sobre a asma
Neste Dia Mundial de Combate a Asma, celebrado nesta quarta-feira (4), o Ministério da Saúde responde às principais dúvidas da população em relação à Asma, doença respiratória que pode acometer pacientes de todas as faixas etárias. Dados da pasta apontam que 1,3 milhão de atendimentos a pacientes com asma foram realizados na Atenção Primária à Saúde em 2021, 231 mil consultas a mais que o ano anterior.
Confira algumas dúvidas que foram respondidas por especialistas da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS):
O que é a asma?
A asma é uma doença usualmente identificada como uma doença crônica não transmissível inflamatória das vias aéreas ou brônquios, definida pela história clínica e sintomas respiratórios.
Quais são os principais sintomas da asma?
Os sintomas mais comuns são: falta de ar ou dificuldade para respirar; sensação de aperto no peito ou peito pesado; chio ou chiado no peito; tosse.
Tem como prevenir a asma?
Nem sempre. A asma pode ser detectada ainda na primeira infância, devido a fatores genéticos, mas também pode aparecer ao longo da vida, em decorrência de hábitos e estímulos externos. A utilização do tabaco, por exemplo, é um fator de risco que pode contribuir para o desenvolvimento da doença (além de agravar casos já existentes).
Qual a relação entre a asma e o cigarro?
Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a fumaça do cigarro é prejudicial mesmo quando a pessoa não faz uso direto de tabaco, mas convive com pessoas fumantes - é o caso dos fumantes passivos, que podem ter aumento na inflamação dos brônquios por conta dessas situações. Além disso, o tabaco prejudica a saúde pulmonar de forma geral, e pode desenvolver ou agravar outras doenças pulmonares.
Pessoas obesas têm mais chances de ter asma?
A obsesidade é outro fator de risco para a asma (com prevalência de 25,9% na população adulta, sendo que o excesso de peso já atinge mais de 60% dos maiores de 18 anos). Ela está relacionada ao agravamento de sintomas de asma, inclusive causando hiperresponsividade brônquica, inflamações sistêmicas e níveis séricos de citocinas pró-inflamatórias elevados.
Dessa forma, indivíduos obesos apresentam respostas piores ao tratamento e têm mais dificuldade para controlar os sintomas. Embora a relação de causa e efeito entre os dois agravos ainda não seja totalmente compreendida, estudos apontam que o início tardio da asma cresce de maneira expressiva quando o índice de massa corpórea (IMC) das pessoas é maior ou igual a 30.
A prática de atividades físicas ajuda a prevenir a asma?
O sedentarismo também tem influência direta sobre a asma. A inatividade física, associada às mudanças no estilo de vida atual, está diretamente relacionada ao desenvolvimento e agravamento de doenças crônicas, inclusive as respiratórias. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), pessoas insuficientemente ativas fisicamente têm maior risco de mortalidade (são cerca de 3,2 milhões de óbitos em todo o mundo).
Tenho asma. Posso praticar atividades físicas?
Sim, a prática de atividades físicas é recomendável. Entretanto, pacientes asmáticos precisam de acompanhamento médico para receber orientações sobre a capacidade respiratória adequada para a execução do exercício físico desejado de forma segura.
É possível prevenir asma desde a infância?
Para prevenir a asma em bebês, a principal recomendação é incentivo ao aleitamento materno. O leite humano oferece fator protetor para evitar o desenvolvimento de problemas respiratórios em crianças.
Onde posso encontrar atendimento e assistência para a asma?
O Ministério da Saúde orienta que ao sentir os sintomas ou qualquer dificuldade respiratória não-emergencial, é indicado procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência - a Atenção Primária à Saúde (APS) ordena a rede, sendo o primeiro contato preferencial entre a população e o SUS.
Como é feito o diagnóstico da asma?
O diagnóstico ocorre a partir dos exames físico e de função pulmonar (espirometria) combinados com a história clínica do indivíduo. Em crianças de até cinco anos, apenas o diagnóstico clínico, a partir da dificuldade na realização de provas funcionais, é suficiente.
Tem tratamento para a asma?
Sim. O tratamento farmacológico consiste no uso contínuo de medicamentos com ação anti-inflamatória, chamados controladores, sendo corticosteroides inalatórios (popularmente conhecidos como “bombinhas”) os principais. O efeito broncodilatador traz alívio ao paciente asmático, e os profissionais de saúde do SUS estão aptos para ensiná-lo a usar corretamente os dispositivos.
Já o tratamento não medicamentoso inclui orientações de educação em saúde para evitar o contato com substâncias que desencadeiam crises (alérgenos); identificar os sintomas da asma; e como agir em casos de crises.
Para a coordenadora de Prevenção de Doenças Crônicas e Controle do Tabagismo, Patrícia Izetti, o estímulo ao autocuidado é uma das principais vantagens nesse nível de atenção. “Nem todas as estratégias precisam ser medicamentosas, isso depende da gravidade da asma para cada pessoa”, explica.
Laísa Queiroz
Ministério da Saúde