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6ª EDIÇÃO
Ministério da Saúde apresenta nova edição da Caderneta da Gestante
- Foto: Walterson Rosa/MS
Toda mulher tem direito à atenção segura, qualificada e humanizada durante a gravidez, o parto e o puerpério, bem como seu bebê, ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis. Por isso, o Ministério da Saúde apresentou nesta quarta-feira (4), em Brasília, a 6ª edição da Caderneta da Gestante como parte das ações desenvolvidas pela pasta para o aprimoramento da assistência materna e infantil no Sistema Único de Saúde (SUS).
O secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, destacou ações direcionadas ao tema. “Reestruturamos o modelo de rede de atenção materno-infantil brasileira para adequar a política e trazer mais segurança para esse público. Com a criação da Rami, praticamente dobramos o orçamento e fortalecemos as ações de cuidado. Além disso, passamos a financiar o pré-natal de alto risco, auxiliando na condução dos casos mais complexos. O Ministério já fez e vai fazer muito mais para que continuemos cuidando das mães brasileiras como elas merecem”, garantiu.
Mais de 3 milhões de exemplares da caderneta serão distribuídos aos 26 estados e Distrito Federal em 2022. As Secretarias Estaduais de Saúde ficam responsáveis pelo envio do material aos municípios, que entregam os exemplares aos serviços da Atenção Primária à Saúde para disponibilização às gestantes. O valor do investimento nessa ação é de cerca de R$ 5,7 milhões.
A Caderneta da Gestante é um importante instrumento de acompanhamento da gestação, parto e pós-parto para qualificar a atenção e o cuidado pré-natal. É um instrumento interativo, que contém espaços para a gestante registrar impressões sobre o momento que está vivendo, além de ajudar a esclarecer as dúvidas mais frequentes.
O documento foi elaborado pelo Ministério da Saúde com o objetivo de apoiar o profissional de saúde no diálogo e continuidade do atendimento à gestante e nas ações de educação em saúde.
Novidades da 6ª Edição
A nova edição da caderneta passou por atualizações de conteúdo técnico que consideram as diretrizes de segurança, qualidade e humanização da Rede de Atenção Materna e Infantil, além de contar com diagramação mais moderna.
Também foram atualizadas as curvas de acompanhamento do ganho ponderal de gestantes, e readequados os espaços de preenchimento dos dados de exames e vacinas, conforme solicitação das equipes de saúde. O Pré-natal do Pai/Parceiro ganhou destaque nesta 6ª edição, de forma a fortalecer as ações de paternidade e cuidado no SUS, além de contribuir para a ampliação e melhoria do acesso e acolhimento dos homens nos serviços de saúde.
O material ainda tem informações sobre os 10 passos para a alimentação saudável na gestação e orientações sobre saúde bucal e registro de consulta do pré-natal odontológico, bem como informações atualizadas sobre trabalho de parto, parto e nascimento. Os futuros pais passam a receber informações sobre o registro civil da criança e da importância da consulta puerperal (1º semana após o parto).
Atenção Materna e Infantil
O Ministério da Saúde vem reestruturando o modelo de rede de atenção materno-infantil brasileira para aprimorar a integralidade da assistência e o combate à mortalidade materna e na infância. Em abril deste ano, lançou a Rami e adicionou R$ 624 milhões ao financiamento atual de R$ 977 milhões, fortalecendo estruturas já existentes e a criação de novos componentes fundamentais.
A reestruturação da rede busca fortalecer desde a Atenção Primária à Atenção Hospitalar, além de alocar novos recursos para os componentes de maternidades de baixo risco (MAB I,II e III), ambulatórios para assistência à gestação de alto risco e ambulatório de seguimento de recém-nascidos e crianças egressas da unidade neonatal, bem como abre a possibilidade de novas habilitações de Casas da Gestante, Bebê e Puérpera (CGBP), antes vinculadas apenas aos leitos GAR, podendo hoje estar vinculadas ao MAB II e III.
A proposta de ampliação da Rede de Atenção Materna e Infantil está em consonância com o compromisso assumido pelo Brasil e 192 países na redução das mortalidades materna e infantil na Agenda Global 2030, coordenada pelas Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). A meta é ter igual ou menos de 30 mortes de gestantes por 100 mil nascidos vivos.
Ministério da Saúde