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Dia de conscientização
Diagnóstico precoce pode melhorar a qualidade de vida de pacientes com fibromialgia e fadiga crônica
Atendimento no SUS é realizado de forma ampla e integral nas Atenções Básica e Especializada à Saúde
Publicado em
12/05/2022 14h42
Atualizado em
03/11/2022 13h40
Dores que se espalham por várias partes do corpo, fadiga, distúrbios do sono, ansiedade e alterações de memória e de atenção podem ser sintomas de fibromialgia, doença mais comum entre as mulheres. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, de cada 10 pacientes com fibromialgia, sete a nove são do sexo feminino. No entanto, a síndrome também pode acometer homens, idosos, adolescentes e crianças. Neste dia de conscientização sobre a doença, o Ministério da Saúde alerta para a importância do diagnóstico precoce.
Apesar de não existir uma causa conhecida, suspeita-se que a doença seja provocada por fatores genéticos, neurológicos, psicológicos ou imunológicos. A dor é um sintoma predominante na fibromialgia, por isso os pacientes relatam redução significativa na qualidade de vida e na capacidade de realizar atividades comuns do dia a dia.
O diagnóstico da fibromialgia é clínico, ou seja, não são necessários exames para comprovar que ela está presente. Com uma entrevista clínica adequada e completa, é possível diagnosticar a fibromialgia e descartar outros problemas.
Segundo os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, um dos tratamentos da fibromialgia recomendados é a prática de exercícios físicos regulares.
FADIGA CRÔNICA
Conhecida pelo cansaço intenso, sendo esse, inclusive, o principal sintoma, a Síndrome da Fadiga Crônica também tem o diagnóstico mais comum em mulheres, por volta dos 40 a 50 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia. Uma característica que chama a atenção é que a fadiga não melhora com o repouso.
Outros sintomas também podem estar presentes, como: dificuldade com a memória ou concentração, dor de garganta, presença de gânglios (íngua) dolorosos no pescoço ou nas axilas, dores musculares e nas juntas, dor de cabeça, sono não reparador, dor abdominal, dor no peito, tosse crônica, diarreia, tonturas, boca seca, náuseas, irritabilidade, depressão, transtornos de ansiedade, formigamento, olho seco, além da perda ou ganho de peso.
Pelo fato da fadiga ser um sintoma comum a diversas doenças, quanto mais cedo o diagnóstico, melhor o tratamento e a evolução. A identificação precoce serve, também, para afastar outras doenças, como hipotireoidismo, apneia do sono, depressão e os efeitos colaterais a medicamentos. O diagnóstico é clínico e por exclusão, ou seja, é feito por meio da história clínica e exame físico.
Não há um tratamento específico para a Síndrome da Fadiga Crônica. Algumas medidas, porém, são indicadas e visam controlar os sinais e sintomas, como moderação para as atividades diárias, exercícios físicos, terapia cognitivo-comportamental, tratamento da depressão e ansiedade (caso esteja presente), tratamento da dor e tratamento dos problemas de sono.
Atendimento no SUS:
O atendimento à pessoa com fibromialgia e com fadiga crônica no âmbito do SUS é realizado de forma ampla e integral, estando inseridos em todos os níveis de atenção, como na atenção básica, onde são ofertados os cuidados clínicos em equipe multiprofissional, incluindo acolhimento, avaliação de história clínica e investigação com exames laboratoriais e de imagem, além de tratamento com práticas integrativas e complementares, analgesia medicamentosa e não medicamentosa, cuidados em fisioterapia e sessões de acupuntura.
Na atenção especializada são disponibilizadas consultas com médico reumatologista e outros profissionais da saúde, além da reabilitação física assistindo o paciente de forma integral, englobando ações e serviços de promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde.
Marco Guimarães
Ministério da Saúde