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STOP TB
‘SUS é a grande força do Brasil’, diz secretário na 35ª Reunião do Conselho de Parceria Stop TB, em Genebra
- Foto: Divulgação/MS
“O Sistema Único de Saúde, com acesso universal e atenção integral, é a grande força do nosso país”. A declaração foi dada pelo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, durante a 35ª Reunião do Conselho de Parceria ‘Stop TB’. O evento foi realizado dias 19 e 20 de maio em Genebra, na Suíça. Medeiros se referia à luta do Brasil no combate à tuberculose no país.
“O rastreamento, diagnóstico e tratamento da tuberculose são cobertos pelo Sistema Único de Saúde. Medicamentos para tratar a doença são disponibilizados exclusivamente pelo SUS no Brasil, sem custo direto para o cidadão”, explicou Arnaldo. No Brasil, são notificados aproximadamente 70 mil novos casos e ocorrem cerca de 4,5 mil mortes todos os anos. Em 2021, foram diagnosticados 68.271 novos casos.
A Parceria Stop TB é uma importante instituição internacional que busca eliminar a tuberculose como problema de saúde pública. Segundo o secretário, o Brasil está na liderança mundial do combate à doença que está entre as 10 principais causas de morte no mundo. Por ano, mais de 1 milhão de óbitos são registrados e cerca de 10 milhões de pessoas adoecem.
Historicamente, a tuberculose tem sido subfinanciada em todo o mundo, com uma importante lacuna de investimento no desenvolvimento de novas vacinas, métodos de diagnóstico e esquemas medicamentosos. Medeiros afirmou que apesar dos impactos da pandemia de Covid-19, o Brasil tem uma resposta robusta para retomar o caminho rumo ao alcance das metas pactuadas para a eliminação da TB como problema de saúde pública até 2035.
Investimentos no combate à tuberculose
Em 2021, Ministério da Saúde investiu R$ 5,4 milhões na pesquisa da tuberculose e é um campo potencial para validar novas vacinas contra a doença. “A urgência de uma nova vacina exige ação governamental e não governamental, e o governo do Brasil já está alinhado com a OMS e alguns parceiros fabricantes para validar alguns candidatos promissores na lista da OMS”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde.
O Plano Nacional para o Fim da Tuberculose no Brasil traça estratégias e ações para ampliar o controle da doença no país. O fortalecimento da vigilância, a incorporação de novas tecnologias de rastreamento e tratamento, além do financiamento de pesquisas, também fazem parte das estratégias elaboradas pela Pasta.
“No que diz respeito à incorporação de tecnologias de diagnóstico, podemos destacar a disponibilidade dos Ensaios de Liberação de Interferon-Gamma (IGRAs) para diagnóstico de infecção latente por tuberculose (ILTB). Além disso, incorporamos o teste de urina LF-LAM para o diagnóstico de TB em pessoas vivendo com HIV com imunossupressão avançada, e também o Line Probe Assay – LPA”, destacou Arnaldo Medeiros.
O Brasil também possui um Sistema Único de Assistência Social (SUAS) para dar apoio social às populações vulneráveis. “Alguns municípios oferecem algum apoio social para aumentar a adesão ao tratamento da TB. Encaminhar as pessoas com TB para os programas e serviços sociais existentes é uma forma importante de aumentar a rede de apoio social das pessoas afetadas pelo agravo”, concluiu o secretário.
Stop TB
Criada em 2004, a Parceria Brasileira com o STOP TB, que é uma instituição reconhecida como um órgão internacional único, com capacidade de alinhar atores em todo o mundo na luta contra a tuberculose, é composta por diferentes segmentos: sociedade civil; academia; iniciativa privada; organismo internacional; coletivos e conselhos profissionais e gestão pública.
A instituição conta com cerca de 1.700 representantes em mais de 100 países, incluindo governos, organizações internacionais, agências de pesquisa e financiamento, além de fundações e ONGs.
Ministério da Saúde