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ATENÇÃO PRIMÁRIA
17 de maio: Dia Mundial da Hipertensão Arterial
Nesta terça-feira (17/5), Dia Mundial da Hipertensão Arterial (HAS), é importante chamar ainda mais atenção para um problema que afeta mais de 30% da população adulta em todo o mundo. A data existe para conscientizar a população sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento da doença, tendo em vista que a HAS é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares.
Nesse contexto, o Ministério da Saúde trabalha por meio de políticas, programas, estratégias, diretrizes e outros materiais técnicos como forma de promoção da saúde e prevenção, rastreamento, diagnóstico e tratamento da doença.
De acordo com o Secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, as ações para enfrentamento de doenças cardiovasculares são uma prioridade para o Ministério da Saúde. “Para qualificar o cuidado, investimos, só em 2021, cerca de R$ 30 milhões. Lançamos a Estratégia Cardiovascular na APS, buscando qualificar o cuidado voltado para o controle dessas condições nos municípios. Para este ano, já estão previstos mais R$ 20 milhões para identificação precoce dos casos de hipertensão, diabetes e outros fatores de risco para as DCVs e capacitação dos profissionais”, destacou.
Hipertensão arterial
A HAS é caracterizada pela elevação sustentada dos níveis de pressão arterial e é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e renais. Ela também é frequentemente associada a outras doenças crônicas e a eventos como morte súbita, acidente vascular encefálico, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca e doença arterial periférica.
A hipertensão arterial pode ser primária, quando surge sem causa clara; ou secundária, quando decorrente de outros problemas de saúde. Por isso, é fundamental diagnosticar a origem do problema para que seja realizado o tratamento mais adequado.
Entre os sintomas mais comuns estão dor de cabeça, tontura, palpitações e alteração na visão. Entretanto, a hipertensão geralmente é silenciosa, sendo importante aferir regularmente a pressão arterial.
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) estão equipadas com profissionais de saúde capacitados para atender a população que deseja ou precisa acompanhar o nível da pressão arterial.
Orientações
O Ministério da Saúde preparou um manual para que gestores e profissionais de saúde possam organizar o cuidado de pacientes com doenças crônicas na Atenção Primária à Saúde. O documento reorganiza o processo de trabalho no contexto da pandemia da covid-19, com orientações sobre estratificação de risco, frequência e organização dos atendimentos, acesso a medicamentos e informações sobre autocuidado. Acesse o manual aqui.
A Linha de Cuidado HAS, produzida em parceria com o IATS, descreve a rotina do itinerário do paciente com sintomas de hipertensão arterial. Ela traz informações relativas às ações e atividades de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação, a serem desenvolvidas pelas equipes multidisciplinares em cada serviço de saúde.
A pasta também elaborou o Instrutivo Gestor, documento que orienta gestores sobre a utilização do incentivo financeiro federal para atenção às pessoas com obesidade, diabetes e hipertensão no âmbito da Atenção Primária nos municípios.
Outro material, Situação Alimentar e Nutricional no Brasil, também foi desenvolvido para apoio e orientação aos profissionais. Em seu conteúdo, é possível ter acesso a dados como o excesso de peso e obesidade da população adulta na Atenção Primária à Saúde.
Dados
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), agravos como câncer, diabetes, doenças cardiovasculares e doenças respiratórias crônicas são responsáveis por cerca de 70% das mortes em todo o mundo. A cada ano, em torno de 15 milhões de pessoas entre 30 e 69 anos são vítimas dessas doenças.
No Brasil, as doenças cardiovasculares representam a principal causa de óbito e estão associadas a hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, excesso de peso e obesidade e fatores de risco como alimentação inadequada, inatividade física, álcool e tabagismo. Em 2018, doenças crônicas não transmissíveis foram responsáveis por 57% de todas as mortes ocorridas no país.
De 2006 a 2019, a prevalência de excesso de peso em adultos no Brasil aumentou de 42,6% para 55,4%. E a prevalência de obesidade cresceu de 11,8% para 20,3%.