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UBS CONECTADA
Telessaúde na Atenção Primária: uso da tecnologia da porta de entrada do SUS é tema de debate
- Foto: Walterson Rosa/MS
A ampliação do uso da tecnologia nos atendimentos das Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo Brasil, ampliando o acesso à saúde da população que vive em áreas remotas do país, foi tema de uma roda de debate nessa quinta (2), promovida pelo Ministério da Saúde.
A mesa de debates, focada na porta de entrada do SUS, teve a participação do secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, do presidente do Conselho da Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein, do representante da Escola Paulista de Medicina (Unifesp), José Luiz Gomes, do diretor geral do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), Carlos Scherr. Durante cerca de uma hora, eles debateram os desafios da telessaúde na Atenção Primária e trocaram experiências. A moderação foi da jornalista e diretora executiva do Metrópoles, Lilian Tahan.
“Ao meu ver, a inserção de novas tecnologias é a melhor forma de aumentar a resolutividade da Atenção Primária”, afirmou o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, na mesa de debate. “Um médico generalista, específico para atender casos mais básicos, que quando tiver um caso mais complexo, terá o auxílio de profissionais que dificilmente estariam ali de forma mais ampla”, concluiu o secretário.
O secretário e os participantes da mesa debateram sobre experiências e desafios da telessaúde na Atenção Primária e citaram projetos que trazem resultados, como o TeleNordeste. O programa dá assistência médica para 165 municípios dos nove estados da região Nordeste do País. Com recurso financeiro de mais de R$ 64 milhões, provenientes de instituições privadas, as teleconsultas têm como objetivo ampliar os atendimentos, de forma online, organizar protocolos clínicos para um melhor diagnóstico, além de capacitar as equipes de saúde que atendem na porta de entrada do SUS.
“Mais acesso à saúde para os brasileiros.” - é o lema da Telessaúde, programa que compõe a Estratégia de Saúde Digital para o Brasil, e que teve a sua portaria assinada nessa quinta-feira (2) pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Com o projeto piloto regulamentado, um total de 323 municípios do nosso País, classificados como rurais remotos, serão beneficiados com incentivo financeiro para ampliação de serviços na Atenção Primária de Saúde (APS), por meio de atendimentos à distância.
A partir da estruturação e informatização dessas Unidades Básicas de Saúde (UBS), agora chamadas de UBS Digitais, cerca de 20 especializações estarão disponíveis no formato de teleconsulta. As equipes de Saúde da Família locais contarão com o auxílio de cardiologistas, endocrinologistas, oftalmologistas, entre tantos outros profissionais que farão os atendimentos online. Tudo de forma prática e unificada para um melhor diagnóstico do paciente.
Adesão
Com a previsão de iniciar ainda neste mês a implantação do projeto piloto nas UBS Digitais, e com um investimento de mais de R$14 milhões durante os próximos 12 meses, o Governo Federal prevê adesão dos municípios que possuem cobertura de Atenção Primária à Saúde igual ou superior a 75%, além de todos os requisitos estabelecidos em Portaria.
O gestor pode solicitar a adesão ao programa no sistema e-Gestor Atenção Básica, disponível no site https://egestorab.saude.gov.br.
Telessaúde em debate
Após o evento que marcou a assinatura da portaria que regulamenta a telessaúde no Brasil, o Ministério da Saúde deu espaço para debates e discussões sobre essa tema. Vários especialistas, médicos, gestores, parlamentares, representantes de entidades e de universidades abordam os desafios e perspectivas da saúde digital dentro de várias áreas. Os debates ocorrem ao longo dessa quinta (2) e sexta-feira (3) com transmissão ao vivo. O conteúdo completo e na íntegra, além da programação, pode ser acessado na página especial: gov.br/telessaude.
Giurla Martins
Ministério da Saúde