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Comemoração
Evento marca os dez anos da Rede Brasileira de Comitês Tuberculose
A ampliação de unidades em todo o país e o fortalecimento da sociedade civil com a participação de novos integrantes foram destaques da abertura da Assembleia de 10 anos da Rede Brasileira de Comitês Tuberculose nesta quinta-feira (30), que contou com a participação de membros e parceiros da Rede, profissionais de saúde e da assistência social, gestores, pesquisadores e sociedade em geral.
A Rede Brasileira de Comitês Tuberculose foi criada a partir da continuidade de um projeto financiado pelo Fundo Global, entre os anos de 2007 e 2012, em parceria com o Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), atual Coordenação Geral de Vigilância das Doenças de Transmissão Respiratória de Condições Crônicas do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (CGDR/DCCI).
“Precisamos montar mais comitês, pois a tuberculose é uma importante causa de mortes no país. Temos que verificar a questão social que envolve o tratamento dessa doença e, para isso, é preciso atuar em conjunto com os movimentos sociais”, afirmou o diretor do DCCI, Gerson Pereira.
“Vamos angariar mais membros, engajar mais atores e ampliar as ações contra a tuberculose no Brasil”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, que participou à distância. Atualmente, a Rede conta com representação em 13 estados: Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. A região Centro-Oeste é a única, ainda, sem nenhum comitê instalado.
Arnaldo Medeiros lembrou, ainda, que o Brasil é líder mundial no combate à tuberculose “por ter um Sistema Único de Saúde que oferece o rastreamento, diagnóstico e tratamento da tuberculose para toda população, além de ofertar os medicamentos sem custo direto”. O secretário da SVS também citou a participação do Brasil, em maio, na 35ª Reunião do Conselho de Parceria Stop TB, em Genebra, na Suíça, que busca eliminar a tuberculose como problema de saúde pública. “O nosso país tem uma resposta robusta para retomar o caminho rumo ao alcance das metas pactuadas para a eliminação da tuberculose como problema de saúde pública até 2035”, declarou.
A coordenadora substituta da CGDR, Patricia Bartholomay, destacou que, a partir do Projeto Fundo Global, dois aspectos foram fundamentais para a atenção à tuberculose no Brasil. “Houve o fortalecimento das ações junto à sociedade civil e nas atividades de avaliação e monitoramento, que nos mostraram onde temos que melhorar e buscar nos aperfeiçoar”, disse.
Também participaram da mesa de abertura do evento Neusa Heinzelmann, do Segmento da Sociedade Civil da Rede Brasileira de Comitês da Tuberculose, e Ludmila Tavares, do Segmento da Gestão da Rede.
Tuberculose no Brasil
Em 2021, foram notificados 68.271 casos novos de tuberculose no Brasil, com redução do coeficiente de incidência de 32,6 casos para 100 mil habitantes, no mesmo ano, em relação a 2019 (37,1). Em 2021, ainda, houve aumento de 12,9% da realização de exames para diagnóstico da tuberculose em comparação com o ano de 2020, e mais de 420 mil cartuchos de teste rápido molecular, utilizados para o diagnóstico da doença, foram distribuídos pelo Ministério da Saúde.
Ministério da Saúde