Notícias
MISSÃO BAHIA
"Obrigado aos colegas médicos que atenderam ao chamado", diz Queiroga a profissionais enviados à Bahia
- Foto: Walterson Rosa/MS
“Obrigado aos colegas médicos que atenderam ao chamado”. As palavras são do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que esteve nesta segunda-feira (3), em Ilhéus, na Bahia, para entregar ao estado os primeiros profissionais do programa “Mais Médicos para o Brasil” que vão atuar nos municípios afetados pelas fortes chuvas. Neste primeiro momento, 34 médicos chegaram à Bahia, mas a expectativa é que o número passe dos cem.
O objetivo é dar reforço e garantir acesso à saúde e atendimento médico a mais de 660 mil pessoas. “Estamos todos juntos para dar apoio à população baiana que sofre as consequências dessas enchentes, uma das maiores que o estado já viu. A nossa palavra inicial é de agradecimento aos colegas médicos que atenderam ao chamado para reforçar o atendimento em saúde na Atenção Primária", destacou Queiroga.
Os médicos foram acolhidos no início da manhã pelo ministro da Saúde e pelo secretário de Atenção Primária da pasta, Raphael Câmara, em Brasília. Eles seguiram até Ilhéus em uma aeronave da Força Área Brasileira (FAB) acompanhados do ministro da Cidadania, João Roma e da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. “Contamos com a ajuda de vocês (médicos). Vocês vão estar lá na ponta, serão os nossos braços”, ressaltou Queiroga.
Um dos médicos que compõe o grupo de profissionais é Elias de Jesus Junior. Ele aceitou o convite do Ministério da Saúde para atuar nos locais atingidos pelas chuvas e falou da importância de fazer parte desta missão. “Para mim, é uma satisfação saber que vou ajudar a população neste momento. Tenho visto o esforço que o governo Federal tem feito para amenizar a dor das famílias, por isso me sinto afortunado em fazer parte”, disse.
Segundo Câmara, a atuação dos profissionais na Atenção Primária é primordial para evitar possíveis epidemias de cólera, leptospirose, dengue e outros agravos. Na acolhida dos médicos em Brasília, o secretário de Atenção Primária à Saúde falou que, atualmente, a Bahia conta com 1.477 profissionais do Mais Médicos em atividade. “Com o Médicos pelo Brasil o número de vagas para o estado passará de 1.477 para 2.101, um acréscimo de 624 médicos”, informou o secretário.
Desde o fim de novembro, técnicos do Ministério da Saúde atuam na área para traçar um diagnóstico da situação e indicar a quantidade de médicos e enfermeiros necessária para atender cada uma das cidades afetadas, que decretaram situação de emergência e estado de calamidade pública. Atualmente, a Bahia conta com 1,4 mil profissionais do “Mais Médicos” em atividade.
Confira o primeiro edital do novo programa.
Força-tarefa pela Bahia
Até agora, o Ministério da Saúde enviou mais de R$ 19,7 milhões para apoiar o estado em ações de vigilância em saúde e prevenção de doenças. Os recursos foram repassados fundo a fundo. O objetivo é evitar possíveis consequências à saúde humana como o aumento de doenças transmissíveis, podendo culminar em situações epidêmicas.
Além disso, a pasta enviou medicamentos, vacinas, equipamentos e insumos. Até agora, a operação enviou mais de 28 kits de medicamentos básicos e insumos estratégicos, suficientes para atender a mais de 40 mil pessoas. Foram enviados também 5 milhões de insumos para controle de doenças como Dengue, Chikungunya e Zika, além de 1 milhão de frascos de hipoclorito de sódio para tratamento de água.
A Bahia recebeu também 100 mil doses de vacinas contra a Influenza, 40 mil doses de vacina contra Hepatite A pediátrica e 10 mil doses de vacina antirrábica humana. As equipes de resgate também tiveram apoio do Ministério com botas, máscaras N95, casacos impermeáveis, uniformes e testes antígeno para detecção da Covid-19.
A operação conjunta do Governo Federal une forças dos ministérios do Desenvolvimento Regional, da Cidadania e da Saúde, além dos governos estadual e municipais. O Ministério da Saúde monitora a situação de todos os locais afetados ininterruptamente, em uma sala de situação para inundações.
Ministério da Saúde