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Ministério da Saúde promove mobilização contra a Covid-19 em Palmas (TO)
Para estimular a população a completar o ciclo vacinal contra a Covid-19, o Ministério da Saúde promove, neste sábado (22), um ato de vacinação e testagem em Palmas, no Tocantins. Parte da região com a maior extensão territorial do Brasil, o estado conta com mais de 1,3 milhão de pessoas acima de 12 anos que integram a população-alvo. Dessas, apenas 150 mil tomaram a dose adicional ou de reforço – fundamental para fortalecer a imunidade dos brasileiros contra a doença –, o que representa uma cobertura vacinal de 11%.
Na Região Norte, Amapá e Roraima apresentam os índices mais baixos de vacinados com a dose de reforço, com 4% e 5% da população imunizada, respectivamente. Acre, Amazonas e Pará têm 8% dos residentes vacinados com o reforço. Em Rondônia, o índice de aplicação é de 12%. A recomendação da Pasta é para que aqueles que ainda não imunizaram procurem os postos de vacinação ou retornem para tomar a segunda dose e a dose de reforço, mesmo após o prazo indicado pelos fabricantes.
A estimativa é que 174 mil moradores do Tocantins estejam aptos a tomar a dose de reforço ainda em janeiro. Para a diretora de programa da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Caroline Valero, o evento é crucial para reforçar a testagem e aumentar a cobertura vacinal no estado. “Nós temos a meta de alcançar 77% de vacinados. Hoje, a cobertura do Tocantins está em 64%”, pontou.
No evento, foram realizados testes de antígeno e vacinação. A enfermeira residente em saúde coletiva, Sara Gonzalez, trabalhou na ação realizada pelo Ministério da Saúde e afirmou que a vacina é fundamental para que os sintomas sejam leves e não haja necessidade de internação. “Nós precisamos de mais pessoas vacinadas. A vacina é efetiva e eficaz”, enfatizou.
O Frei João Paulo esteve no evento para fazer a testagem. Ele já tomou a dose de reforço e destacou que é de fundamental importância que todos se unam para a vacinação. “Pensar coletivamente é pensar que tudo isso vai passar”, disse.
A doméstica Raquel Monteiro Galvão foi uma das primeiras a chegar no Espaço Cultural José Gomes Sobrinho, em Palmas (TO), onde o evento foi realizado. “Minha filha e eu viemos fazer a testagem. Ficamos sabendo pelas redes sociais e esse tipo de evento é muito importante para quem ainda não se vacinou”, afirmou.
A força-tarefa ocorre nos sete estados e conta com o apoio dos gestores locais. Para dar visibilidade à ação, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participa do ato em Manaus (AM), enquanto os secretários nacionais estão simultaneamente em: Belém (PA), Boa Vista (RR), Macapá (AP), Palmas (TO), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC).
Até agora, o Ministério da Saúde já distribuiu mais de 30 milhões de doses destinadas ao Norte, sendo 2,7 milhões para Tocantins. No total, foram 408 milhões de doses para todo o Brasil. A Pasta também monitora e acompanha de perto a situação dos pacientes que precisam de intervenção médico-hospitalar para o tratamento da doença. Atualmente, a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid no estado está em 69%.
SUS mais forte
Além da vacinação, a estratégia de enfrentamento da doença na Região Norte conta com repasse de recursos financeiros, auxílio técnico, envio de medicamentos e demais insumos, que vêm sendo disponibilizados pela Pasta desde o início da pandemia, em 2020. Atualmente, há 199 leitos de UTI Covid autorizados no Tocantins, ao custo de R$ 85 milhões, e o Sistema Único de Saúde (SUS) está preparado para habilitar mais leitos de acordo com as demandas de cada localidade. No Norte, são 1,2 mil leitos de UTI Covid e 316 leitos de suporte ventilatório pulmonar autorizados nos sete estados, por R$ 690 milhões.
Em todo o Brasil, o Ministério da Saúde já autorizou mais de 26 mil leitos de UTI Covid adultos e pediátricos, por R$ 16,2 bilhões. Na Região Norte, mais de 3,2 milhões de medicamentos de intubação orotraqueal (IOT) foram distribuídos, sendo 168 mil para Tocantins. A prevenção e o diagnóstico também foram facilitados com o envio de cerca de 60 milhões testes do tipo PCR e de antígeno, que permite o diagnóstico em até 20 minutos, para todo o país.
Ministério da Saúde