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Dose de reforço: estudo realizado em parceria com o Ministério da Saúde é publicado na Lancet
- Foto: Walterson Rosa/MS
Um estudo do Ministério da Saúde em parceria com a Universidade de Oxford foi publicado na The Lancet na sexta-feira (21). A renomada revista científica inglesa mostrou que a combinação heteróloga, ou seja, de vacinas Covid-19 diferentes, após a vacinação com a Coronavac, é a estratégia mais eficaz para a dose de reforço.
A pesquisa mostrou que, 28 dias após a dose de reforço, a vacina de RNA mensageiro, da Pfizer, aumenta em cerca de 152 vezes a produção de anticorpos, que são capazes de bloquear a entrada do vírus nas células. Essa elevação foi de cerca de 90 vezes maior com a Astrazeneca e de 77 vezes com a Janssen. Com o reforço realizado com a própria Coronavac, o resultado é de 12 vezes a mais.
A pesquisa norteou as políticas públicas conduzidas pela pasta para o enfrentamento à pandemia e campanha de vacinação. O Ministério da Saúde orienta que a dose de reforço seja aplicada preferencialmente com a Pfizer, ou, de maneira alternativa, vacinas de vetor viral (Janssen ou AstraZeneca).
“Os dados apresentados evidenciam o acerto do Ministério da Saúde de usar vacinas de RNA e vetor viral para reforço daqueles com vacinas de vírus inativado”, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre a publicação.
No Brasil, 1.240 voluntários participaram do estudo em São Paulo e Salvador, dos quais 1.205 permaneceram na pesquisa até a análise final. Detalhes da metodologia e resultados do estudo estão disponibilizados em preprint.
Variantes
O estudo ganhou ainda mais relevância com o crescimento de casos relacionados a novas variantes. De acordo com a publicação, a indução de anticorpos capazes de neutralizar as variantes Delta e Ômicron chegou a 90% dos indivíduos após o reforço heterólogo. Em contrapartida, apenas 80% e 35% dos indivíduos após o reforço com Coronavac tiveram neutralização para as variantes, respectivamente.
Ministério da Saúde