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Conheça os critérios do Ministério da Saúde para doação de sangue
- Foto: Myke Sena/MS
Uma única doação de sangue pode salvar até quatro vidas. Por isso, desde o início da pandemia da Covid-19, o Ministério da Saúde e as hemorredes estaduais incentivam que a população continue doando, mesmo diante das restrições impostas pela emergência em saúde. Nesse sentido, todos os hemocentros do Brasil adotaram as medidas de higiene necessárias para frear a disseminação da doença e estão preparados para receber os doadores com segurança.
Esses voluntários são fundamentais para garantir a sustentabilidade das redes de coleta de sangue, que depende de constantes doações. Se não há doadores disponíveis, a situação se agrava. No período de férias, o alerta é ainda maior, já acidentes que causam hemorragia e complicações em razão de doenças que precisam da reposição de sangue, não param de acontecer.
Para evitar o desabastecimento, o Ministério da Saúde incentiva a doação independentemente de parentesco entre o doador e quem receberá o sangue. Para fazer parte dessa rede, basta estar em bom estado de saúde e seguir os seguintes passos:
- Estar alimentado. Evite alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação de sangue;
- Caso seja após o almoço, aguardar 2 horas;
- Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas;
- Podem doar pessoas de 16 a 69 anos que pesem a partir de 50 kg;
- Pessoas com idade entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos;
- A frequência máxima é de quatro doações de sangue anuais para o homem e de três doações de sangue anuais para as mulheres;
- O intervalo mínimo entre uma doação de sangue e outra é de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.
Vacinados contra a Covid-19
Quem tomou a vacina contra o novo coronavírus e deseja doar sangue precisa aguardar por até sete dias, a depender do imunizante. Vacinados com a Coronavac podem doar 48 horas após a aplicação.
Recentemente, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atualizaram os critérios para a triagem clínica de candidatos à doação de sangue com risco de infecção pelo coronavírus. As atualizações envolvem prazos e critérios de inaptidão a serem aplicados no momento da seleção de candidatos. As informações estão detalhadas em Nota Técnica.
De acordo com o documento, candidatos à doação de sangue com diagnóstico ou suspeita de Covid-19 e que apresentaram sintomas da doença, mesmo nos casos leves ou moderados, devem esperar por 10 dias após estarem completamente recuperados da doença, para então doar.
Indivíduos assintomáticos, mas que apresentam o teste diagnóstico positivo para Sars-CoV-2, também são considerados inaptos por 10 dias. Aqueles que desejam doar sangue, mas que tiveram contato com uma pessoa que testou positivo para Covid19, deve esperar por sete dias antes de fazer a doação, contando a partir do último dia de contato com a pessoa.
Estoques
A mais recente atualização do Sistema de Informação Ambulatorial do Sistema Único de Saúde (SUS) revela que houve uma ligeira alta no número de bolsas coletadas de janeiro a setembro de 2021, considerando o mesmo período de 2020. Foram 2,2 milhões de bolsas preenchidas no ano passado ante 2,1 milhões em 2020, quando a pandemia esteve em pico, o que representa um aumento de 4%.
Atualmente, o sangue AB- é o que tem menor quantidade de bolsas em estoque nos hemocentros do País, com 159 unidades. O sangue A+ é o com maior quantidade, com mais de 8,3 mil bolsas. Quando há risco de desabastecimento, o Plano Nacional de Contingência do Sangue é acionado, possibilitando o remanejamento de bolsas de unidades federativas para aquelas com maior dificuldade, com o apoio operacional e logístico do Governo Federal.
Veja na tabela abaixo os estoques atualizado:
|
A+ |
A- |
AB+ |
AB- |
B+ |
B- |
O+ |
O- |
TOTAL |
|
8.374 |
858 |
1.489 |
159 |
2.882 |
254 |
7.298 |
984 |
22.298 |
Gustavo Frasão
Ministério da Saúde