Notícias
SUS
Pesquisa do grupo de contas de saúde aponta que gasto corrente com saúde no Brasil aumentou em 25,1% entre 2015 e 2019
Um estudo realizado em parceria pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Fiocruz e Ministério da Saúde demonstrou o perfil de gasto com saúde no Brasil segundo padrões adotados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A pesquisa, foi apresentada na manhã desta quarta-feira (2).
De acordo com os dados, no mesmo período, o valor do gasto público com saúde aumentou de R$ 231,5 bilhões para R$ 290,4 bilhões, o que representou um crescimento nominal de 25,5%, o que corresponde a 3,9% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, que é a soma de todos os bens e serviços do país.
O diretor do Departamento de Economia da Saúde, Investimentos e Desenvolvimento (Desid) do Ministério da Saúde, Daniel Pereira, destacou que “o objetivo do Ministério com o resultado desse estudo é aprimorar o Sistema Único de Saúde (SUS), defendendo uma maior integração entre o SUS e o sistema de saúde suplementar. Não há outro caminho que não integrar os dois sistemas e, para isso, esse estudo é uma ferramenta essencial, pois só com dados conseguimos formular políticas públicas adequadas”, afirmou.
As contas de saúde foram realizadas seguindo os padrões do System of Health Accounts (SHA), que consistem em uma análise minuciosa do gasto em saúde. O SHA é a metodologia de cálculo utilizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que envolvem os gastos públicos, planos e seguros de saúde privados, além do pagamento direto do bolso das famílias. Entre outros destaques do estudo está a importância no SUS em prevenção e promoção de saúde.
Segundo o livro “Contas de Saúde na Perspectiva da Contabilidade Internacional”, que elenca os resultados do estudo, a importância do SUS está relacionada com o fato de o sistema de saúde brasileiro ser o grande financiador da vigilância em saúde e da prevenção (inclusive por meio de vacinas) no país. As despesas com prevenção, promoção e vigilância em saúde são, em sua maior parte, financiadas por regimes de financiamento governamentais – notadamente o SUS (89,6%).
O SUS possui a maior plataforma de vigilância em saúde e de prevenção, incluindo vacinas, e responde pelo acesso à saúde como via exclusiva para uma parcela expressiva da população.
ERRATA: Este texto foi atualizado com o termo gasto total no lugar de investimento.
Ministério da Saúde