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Ministério da Saúde discute política de cuidados paliativos a pacientes com câncer avançado no Brasil
- Foto: Fernando Brito/MS
O Ministério da Saúde discutiu um assunto importante na manhã deste sábado (19): o acesso a serviços de cuidados paliativos de pacientes com câncer em estágio avançado no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a média de pacientes que são atendidos pelas unidades assistenciais do Inca e encaminhados para assistência paliativa exclusiva é em torno de 1.800 por ano. Aproximadamente, 19% desses pacientes são do sexo feminino entre 31 e 50 anos, e 40% do sexo masculino.
A discussão foi feita durante reunião que aconteceu na Superintendência Estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, com a participação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o superintendente do MS no Rio de Janeiro, Pedro Pinheiro, a diretora-geral do Inca, Ana Cristina Pereira, a Dra. Renata de Freitas, diretora do Inca IV. Entre os temas abordados estavam a estratégia de teleatendimentos utilizada durante a pandemia.
"Essa discussão mostra que estamos também atentos a outros agravos no Brasil. O câncer mata milhares de brasileiros todos os anos. Por isso, é importante também reforçar nossas políticas de saúde para pacientes que sofrem desse agravo. Precisamos ampliar e reforça esse tipo de cuidado, o atendimento ambulatorial, a assistência domiciliar. Mas também precisamos ir além disso: atuar no diagnóstico precoce e não chegar a esses pacientes tão tarde", destacou Queiroga.
Segundo Renata, mais de 1,1 mil atendimentos em telessaúde foram realizados com pacientes oncológicos em estágio avançado entre julho e dezembro de 2021. Além disso, durante o ano de 2021, a média diária de atendimentos em domicílio foi de 159 por dia e um média de 557 atendimentos presenciais por mês. Ainda de acordo com ela, 50% dos pacientes encaminhados para cuidados paliativos exclusivos tinha menos dr um ano de admissão no Inca.
“A unidade IV do Inca acolhe pacientes que foram tratados nas unidades de assistência do Inca, e a maior demanda vem dos pacientes que são atendidos na unidade I do Instituto. O paciente segue seu tratamento na clínica de origem e quem define que o paciente vai ser transferido para o tratamento exclusivo é o oncologista ou o cirurgião oncológico. Após a definição, o médico conversa com a família e encaminha o paciente para um posto avançado para a transição de cuidados. Infelizmente os dados demonstram que de 2017 a 2021 cerca de 55% dos pacientes encaminhados aos cuidados paliativos no HC IV já tinham na admissão no INCA”, contou.
O Hospital do Câncer IV (HC IV) é a unidade de Cuidados Paliativos do INCA, responsável pelo atendimento ativo e integral aos pacientes encaminhados de outras unidades do Instituto com câncer avançado, sem possibilidades atuais de cura. O HC IV trabalha com equipes multiprofissionais e conta com estrutura para a prestação de consultas ambulatoriais, visitas domiciliares, internação e serviço de pronto atendimento. Com o objetivo de facilitar a permanência do paciente em casa, o hospital disponibiliza material para curativos, medicamentos de conforto, além de treinamento aos cuidadores e familiares.