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BALANÇO 2022
Vacina 100% nacional: acordo do Brasil com a Inglaterra, feito em tempo recorde, permitiu proteção dos brasileiros contra a Covid-19
- Foto: Myke Sena/MS
Fevereiro de 2022. O mês representa um marco no Programa Nacional de Imunizações (PNI): a liberação do primeiro lote de vacinas Covid-19 com Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Além de promover a autossuficiência brasileira na produção de imunizantes, a entrega ratificou o propósito defendido nos últimos quatro anos por esta gestão, que é o de fortalecer o complexo industrial da saúde.
"A Fiocruz é um patrimônio do nosso país e tem tradição na produção das vacinas que são utilizadas no nosso PNI. Investimos R$ 1,9 bilhão na encomenda tecnológica de uma vacina segura, efetiva e com resultados surpreendentes”, destaca o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
O IFA é o que pode ser chamado de alma da vacina. O insumo é o componente principal do imunizante. Ele faz com que o organismo imunizado comece a preparar suas defesas contra um micro-organismo invasor. Daí a importância do produto.
Em 2022, até o mês de novembro, cerca de 12 milhões de doses de vacinas Covid-19 com IFA nacional foram entregues pela Fiocruz ao Ministério da Saúde. Outras cerca de 4 milhões aguardam liberação para envasamento e serão somadas ao Programa Nacional de Imunizações. Ao todo, neste ano, a Fiocruz entregou quase 58 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus.
De acordo com a Fiocruz, a parceria com o Governo Federal trouxe, sobretudo, benefícios econômicos ao reduzir a necessidade de importações, além de a vacina ser uma das de mais baixo custo, com valor de US$ 5,27 por dose, o que contribui para a - também defendida por esta gestão - sustentabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS).
Transações como a feita pela atual gestão com o governo britânico são consideradas de alta complexidade e costumam levar de 5 a 10 anos até a conclusão. Porém, frente à emergência sanitária, o Brasil cumpriu esse processo em tempo recorde.
As instalações do laboratório da Fiocruz receberam as Condições Técnico-Operacionais (CTO), bem como o certificado de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) para a produção do IFA, ainda em abril de 2021, concedidas pela Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa). A produção dos primeiros lotes do IFA começou em julho de 2021 e, desde então, o IFA vem sendo produzido na sede da Fiocruz, em Bio-Manguinhos.
Além disso, o país passa a ser não só produtor da vacina contra a doença, mas também exportador do imunizante, o que dá suporte às Campanhas de Vacinação contra a Covid-19 e ajuda outros países, como os da América Latina, frente à pandemia.
Ministério da Saúde