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SAÚDE NA ESCOLA
Programa integra saúde e educação e muda a realidade de crianças e famílias
Há 15 anos o Programa Saúde na Escola (PSE) promove a prevenção e atenção à saúde no ambiente escolar dos municípios, mudando a realidade de crianças e famílias de diversas regiões do país.
Uma história alicerçada na dedicação do Ministério da Saúde que em momentos adversos se mostrou decisiva, como explica Roselma Lobato, coordenadora do programa no município de Ariquemes (RO). “No início, enfrentamos dificuldades em fazer os professores compreenderem o que era o PSE. A partir de 2019, conseguimos fazer com que os estudantes realmente aderissem às ações. Com a chegada da pandemia, ficamos preocupados em como seriam conduzidas as ações e até nos preocupamos com o fim delas, mas aconteceu o contrário. Enquanto muitos programas estavam adormecidos, o PSE e suas equipes trabalharam incansavelmente para fazer chegar as ações de forma virtual até os alunos”, lembra a gestora, destacando a participação ativa dos pais nas atividades propostas e o alcance de todos os índices estipulados para as atividades em 2020 e 2021.
O PSE tem como objetivo contribuir para a formação integral dos estudantes, articulando saúde e educação em ambiente escolar, buscando enfrentar as vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças da rede básica de ensino público.
Benefícios coletivos
A fonoaudióloga Andréa Bastos, integrante do Departamento de Vigilância em Saúde, na coordenação do programa em Duque de Caxias (RJ), ressalta a importância do ambiente escolar para a promoção da saúde. “O que nós temos de mais importante é a parceria entre saúde e educação, tentando sempre envolver os profissionais de saúde, os profissionais de educação e a comunidade escolar em atividades de promoção da saúde”, diz.
O PSE envolve as três esferas públicas, municipal, estadual e federal e apresenta cinco componentes a serem trabalhados nas instituições: avaliação das condições de saúde das crianças, adolescentes e jovens que estão na escola pública; promoção da saúde e de atividades de prevenção; educação permanente e capacitação dos profissionais da educação e da saúde e de jovens; monitoramento e avaliação da saúde dos estudantes; monitoramento e avaliação do programa.
No ciclo 2021/2022, o programa contou com a participação recorde de 5.422 municípios, o que corresponde a 97% dos municípios brasileiros, contemplando cerca de 97,3 mil escolas pactuadas. O crescimento dos municípios também fortalece a articulação entre as Unidades Básicas Saúde (UBS), suas respectivas equipes de Atenção Primária e as escolas públicas da rede básica de ensino, potencializando estratégias de atenção à saúde dos estudantes.
Adesão confirmada por Mário Sérgio, professor de biologia e ciências, coordenador do PSE no município de Duque de Caxias e representante dos 92 municípios fluminenses, através da Coordenação Estadual de Educação do Rio de Janeiro. “Hoje, nós temos uma aceitação muito grande, porque é um trabalho de construção coletiva. A gente tem uma volatilidade muito grande com os profissionais das áreas. São 15 anos de muita luta, mas de muita alegria porque a gente vê coisas maravilhosas acontecendo. Hoje, podemos ver ex-alunos de escolas que fazem parte do PSE, atualmente, cursando o ensino superior em universidades parceiras e, ainda por cima, fazendo o estágio na sua antiga escola, dentro do PSE. Isso pra gente é uma devolutiva muito feliz”, comemora.
Ministério da Saúde