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BALANÇO 2022
Conheça as ações do Ministério da Saúde para enfrentamento da Mpox no Brasil
- Foto: Walterson Rosa/MS
Antes do Brasil registrar qualquer caso suspeito de Mpox, termo definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para denominação da varíola dos macacos, o Ministério da Saúde estabeleceu uma Sala de Situação para monitorar o cenário da doença no país. Desde então, a Pasta analisa diuturnamente a situação epidemiológica, para orientar as ações de vigilância.
A Sala de Situação, anunciada em 23 de maio, teve como objetivo elaborar um plano de ação para o rastreamento de casos suspeitos e definição do diagnóstico clínico e laboratorial para a doença. No mesmo período, o Ministério da Saúde encaminhou aos estados o Comunicado de Risco sobre a patologia, com orientações aos profissionais de saúde e informações disponíveis. Para a população brasileira, as principais dúvidas foram esclarecidas no site da Pasta, em uma página direcionada ao tema.
Com o objetivo de elaborar um Plano de Contingência para o surto de Mpox no Brasil, em 29 de julho o Ministério da Saúde inaugurou o Centro de Operação em Emergências. Foram publicadas duas versões do documento. A primeira foi lançada no dia 6 de agosto e a segunda versão em 13 de setembro. O material apresentou orientações assistenciais, epidemiológicas e laboratoriais para a gestão dos casos. O plano também trouxe definições de caso suspeito, caso provável, caso confirmado e caso descartado da doença, modo de transmissão e grupos vulneráveis.
O COE contou com a coordenação da pasta da Saúde e participação de representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS), Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa) e Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fiocruz.
Pouco antes, em 1º de agosto, o Ministério da Saúde publicou uma nota técnica com orientações para profissionais, gestantes, lactantes e puérperas com sintomas ou casos positivos da doença. Ainda para orientar profissionais de saúde na identificação clínica, no manejo, na instituição de medidas de prevenção adequadas e controle da Mpox, a Pasta realizou um webinar, que contou com mais de 1,7 mil participantes.
No dia 22 de agosto foi lançada a Campanha Nacional de Prevenção à Varíola dos Macacos para reforçar as orientações de formas de transmissão, como evitar o contágio, sintomas e o que fazer em caso de suspeita. A campanha contou com veiculação em TV, rádio, mídia exterior em lugares de grande circulação de pessoas, páginas e portais da internet, além de redes sociais, com informações de forma didática, simples e direta.
O Ministério da Saúde recebeu os primeiros tratamentos contra a Mpox no final de agosto, por meio de doação da OMS e do laboratório fabricante. O medicamento Tecovirimat não apresenta registro ativo no país, entretanto, a Anvisa publicou uma resolução que dispõe sobre dispensa, em caráter excepcional e temporário, para uso experimental em estudo clínico em pacientes com risco de desenvolvimento de formas graves da doença.
As vacinas também entraram em pauta. O primeiro lote de imunizantes chegou ao Brasil no dia 4 de outubro, com 9,8 mil doses. Ao todo, o Ministério da Saúde comprou 49 mil doses via fundo rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) e trabalha em parceria com a Fiocruz na implementação do protocolo de pesquisa da vacina contra a Mpox.
Ainda em outubro, no dia 24, houve anúncio da ampliação da testagem para todos os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens) do Brasil. Os kits para diagnóstico produzidos pela Fiocruz já foram entregues aos estados e Distrito Federal. Ao todo, são 31 laboratórios de referência: 27 Lacens, laboratório da UFRJ, Fiocruz/RJ, Fiocruz/AM e Instituto Evandro Chagas. Antes da ampliação, os exames já eram realizados em 15 laboratórios designados pelo Governo Federal.
Ministério da Saúde