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BALANÇO 2022
Atualização de diretrizes colabora para combate ao Infarto Agudo do Miocárdio
Nos últimos quatro anos, o Ministério da Saúde tem delineado estratégias importantes para enfrentar as principais causas de óbitos e enfermidades no país. Dentro das estratégias para melhorar o atendimento especializado do Sistema Único de Saúde (SUS), está a Linha do Cuidado ao Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Atualizado em 2021, trata-se de um protocolo que prevê estratégias de melhoria na qualidade e na agilidade do atendimento em situações emergenciais envolvendo o Infarto Agudo do Miocárdio, também conhecido como ataque cardíaco.
Com a linha, as unidades da federação participantes recebem formações, orientações e recursos para investimentos em equipamentos e melhorias. Anualmente, são feitos mais de 128 mil procedimentos relativos ao Infarto Agudo do Miocárdio no SUS, como angioplastias, cateterismos e intervenções cirúrgicas. Os investimentos, em média, são de R$ 500 milhões e em 2022 contaram com o reforço de R$ 41 milhões.
O Infarto Agudo do Miocárdio é a maior causa de mortes no país. Anualmente, são de 300 a 400 mil casos, com 30% de óbitos. Para diminuir os riscos, o atendimento de urgência e emergência nos primeiros minutos é fundamental, por isso a importância de um protocolo com diretrizes ágeis e com aplicação de recursos para equipamentos que podem ajudar na manutenção da vida dos doentes.
O infarto acontece quando há um bloqueio do fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco e o tecido do coração perde oxigênio, o que pode levar à morte. A Linha do Cuidado ao Infarto Agudo do Miocárdio padroniza os serviços desde o momento em que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é acionado pelo 192. A partir de então há o pré-atendimento monitorado e o paciente segue para atendimento hospitalar referenciado com equipes competentes.
Melhorias
Elaborada em 2011, a portaria que aprovou a “Linha de Cuidado do Infarto Agudo do Miocárdio e o Protocolo de Síndromes Coronarianas Agudas" cria e altera procedimentos na "Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS", que passou por atualizações importantes em 2021. Sob o nº 3.438, de 7 de dezembro, o regramento passou a prever novos procedimentos, medicamentos, órteses e próteses, ampliando os atendimentos e tratamentos para doenças cardíacas pelo SUS.
Atualmente, são 311 estabelecimentos de saúde habilitados para atendimentos em alta complexidade. Com as inovações, passaram a ser autorizados recursos na tabela de financiamento de investimentos em saúde a telemedicina em urgência; a fisioterapia cardiovascular; e hemodinâmica em atendimento de urgência.
Em termos práticos, é possível, ainda no SAMU, fazer o eletrocardiograma e o médico consegue emitir o laudo a distância para agilizar o correto encaminhamento hospitalar. A respeito da hemodinâmica, permite o uso, quando necessário, do trombolítico — medicamento que atua na dissolução de coágulos, o que pode ajudar no fluxo sanguíneo, reduzindo riscos de morte. Os profissionais que fazem o atendimento no SAMU contam com o suporte de equipes médicas experientes nos hospitais.
O ministro Marcelo Queiroga reforça a importância da atualização da Linha de Cuidado e dos investimentos, medicamentos e procedimentos adequados no tratamento das urgências cardíacas. “As 635 Unidades de Suporte Avançado do SAMU que existem no país, com os trombolíticos e médicos na ponta, e com auxílio da telecardiologia e do tele-eletrocardiograma poderão salvar muitas vidas”, diz Queiroga.
Em alguns casos em que há o Infarto Agudo do Miocárdio, é necessária uma fisioterapia para reabilitação. Com o atendimento contemplado pelo SUS, cerca de 85% desses pacientes terão melhoria na qualidade de vida para além do atendimento emergencial, com um suporte de fortalecimento.
Outra novidade foi o reajuste em tabela do valor de alguns procedimentos, em busca de mais efetividade para os investimentos em saúde, como o cateterismo cardíaco adulto e pediátrico. Além disso, a angioplastia coronariana passou a ser financiada pelo Fundo de Ações Estratégicas e Compensações (FAEC). No caso da angioplastia coronariana eletiva, houve a alteração do procedimento para a modalidade do tipo ambulatorial. Dessa forma, após o atendimento e estando dentro dos critérios, quem for atendido poderá ter alta em algumas horas após se submeter a técnica, um alívio para o paciente, além de aumentar a disponibilidade de leitos para quem aguarda assistência.
Ministério da Saúde