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VIGILÂNCIA
Ministério da Saúde realiza Fórum Nacional de Gestão em Hanseníase
O Ministério da Saúde realizou, nesta terça-feira (16), a etapa presencial do Fórum Nacional de Gestão em Hanseníase do Sistema Único de Saúde (SUS). O evento teve como objetivo discutir e propor estratégias para a implementação do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Hanseníase (PCDT) nos 26 estados e no Distrito Federal.
Os PCDT são documentos de caráter normativo que estabelecem critérios para o diagnóstico, tratamento preconizado, mecanismo de controle clínico, acompanhamento e verificação dos resultados terapêuticos a serem seguidos pelos gestores e profissionais de saúde do SUS. O PCDT da Hanseníase qualifica as orientações para enfrentamento da doença, como a detecção precoce de casos, o tratamento imediato e a avaliação de contatos, assim como o uso de dois testes de apoio diagnóstico recentemente incorporados ao SUS, incluindo um teste rápido.
Essas medidas são importantes para a quebra da cadeia de transmissão da doença e para a prevenção de incapacidades físicas. O PCDT orienta, ainda, o acompanhamento psicossocial de pessoas diagnosticadas com hanseníase.
Durante a abertura do Fórum, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, enfatizou a importância do trabalho do Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde na luta pela redução do agravo no País e falou sobre a importância do Fórum para o compartilhamento de experiências e propostas para implementação do PCDT.
“A hanseníase é uma doença que causa grande impacto social e econômico. Por ser uma doença negligenciada, é preciso grandes investimentos em políticas públicas. Este encontro é de fundamental importância para que possamos nos aprofundar no protocolo clínico da hanseníase e dar andamento a uma estratégia para a interrupção da transmissão e eliminação dos casos autóctones no Brasil e em toda região das Américas”, afirmou Arnaldo.
O encontro discutiu os desafios para a gestão do programa de hanseníase no contexto da atenção primária, da atenção especializada, na assistência farmacêutica, ciência, tecnologia e inovação. Além disso, o fórum também colocou em pauta questões relacionadas à rede laboratorial e estratégias de prevenção e reabilitação de incapacidades.
Participaram da mesa de abertura do Fórum: Alessandro Chagas, assessor técnico do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems); Carmelita Filha, coordenadora-geral de Vigilância das Doenças em Eliminação (SVS/MS); Miguel Aragon, coordenador da Unidade Técnica de Doenças Transmissíveis e Determinantes Ambientais da Saúde (OPAS/OMS); Walter Ventura, diretor do Departamento dos Ciclos de Vida (SAPS/MS); e Gerson Pereira, diretor do Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (SVS/MS).
Ministério da Saúde