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AGOSTO DOURADO
Estresse e exaustão podem interferir na produção do leite materno
A amamentação é uma fase de aprendizados, desafios e mudanças que podem refletir na saúde mental da mulher, causando estresse e exaustão. Essa fadiga emocional é capaz de interferir em diversos fatores, inclusive na produção de leite.
O corpo da mulher produz leite, mas a sua saída durante a sucção acontece por conta da ocitocina, hormônio que promove a contração das glândulas mamárias. Níveis elevados de estresse podem reduzir a ocitocina e, assim, dificultar o processo de amamentação. A prolactina, hormônio responsável por estimular a produção do leite materno, também pode sofrer interferências em decorrência da exaustão.
Para que o processo de amamentação seja mais confortável para a mulher e para a criança, a participação da rede de apoio é fundamental. “A rede vai fazer com que a mulher passe por esse momento da amamentação de forma mais tranquila, sem estar sobrecarregada com afazeres domésticos, por exemplo. Durante a amamentação, a mulher fica mais frágil, mais vulnerável e precisa ser ouvida”, explica Renara Guedes, consultora técnica da Coordenação de Saúde Perinatal e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde.
Tanto a mulher quanto a rede de apoio devem ser orientadas durante as consultas de pré-natal sobre a amamentação. Essa rede pode ser formada por familiares, amigos, empregadores e/ou profissionais de saúde. É importante destacar que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece suporte para orientar durante a gestação, parto, pós-parto, puerpério, crescimento e desenvolvimento da criança.
Amamentar não dói. No início pode haver um certo desconforto na pega do bebê porque o corpo ainda está se acostumando com a mamada, mas não deve machucar. Ao primeiro sinal de dor durante a amamentação, a mulher deve procurar ajuda profissional.
O leite materno é produzido de acordo com a demanda da criança, então, quanto mais o bebê mamar ou a mulher extrair seu leite, maior será a produção. Caso a mulher venha a ser separada da criança, seja por trabalho, doença ou qualquer outra questão, deve-se extrair o leite materno de 6 a 8 vezes ao dia, inclusive durante a noite, que é quando há aumento da prolactina no organismo feminino, para manter a produção de leite.
Fran Martins
Ministério da Saúde