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PRIMEIRA INFÂNCIA
Acidentes na infância: 90% podem ser evitados com medidas simples de prevenção
No Brasil, os acidentes são a principal causa de morte de crianças de 1 a 14 anos de idade, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. Ainda de acordo com a SBP, 90% desses acidentes podem ser evitados com medidas simples de prevenção. No Mês da Primeira Infância, o Ministério da Saúde alerta que muitos incidentes acontecem dentro de casa, local onde, a princípio, as crianças devem ter liberdade para circular, explorar e se desenvolver de forma saudável e segura.
Dentre os fatores que devem ser observados para a prevenção de acidentes por parte dos responsáveis está a adoção de cuidados que promovam a segurança das crianças, na medida em que vão crescendo e se desenvolvendo. Durante a primeira infância, a criança está descobrindo um novo mundo e o comportamento exploratório é natural.
Do nascimento aos seis meses de vida do bebê, algumas atitudes podem ser tomadas:
PARA EVITAR RISCO DE SUFOCAMENTO
- Não use talco ou produtos em pó no bebê;
- Mantenha o lençol sempre ajustado ao colchão e fique atento para que o rosto do bebê não fique encoberto por almofadas, travesseiros ou cobertores;
- Evite o uso de cordões e enfeites de cabelo;
- Evite o contato da criança com peças pequenas, como clipes, botões, moedas e anéis. Ofereça brinquedos grandes e adequados para a faixa etária de cada criança;
- Evite que a criança tenha contato com papéis de bala, sacos plásticos, cordões e fios.
PARA EVITAR RISCO DE QUEDA
- O berço e/ou cercado do bebê devem ter grades altas com, no máximo, 6 cm entre elas;
- Não deixe a criança sozinha em cima de móveis;
- Não deixe a criança sob os cuidados de outra criança;
- Use barreiras, grades e redes de proteção em escadas e janelas;
- Confira se pias, tanques de lavar roupas e lavatórios estão bem fixos.
PARA EVITAR RISCO DE INTOXICAÇÃO
- Nunca dê remédios que não tenham sido prescritos pelo profissional de saúde e fique atento aos prazos de validade de cada medicação.
PARA EVITAR RISCO DE QUEIMADURA
- No banho, fique atento à temperatura da água (a ideal é 37 ºC);
- Confira também a temperatura dos alimentos ofertados, caso a criança não esteja sendo alimentada exclusivamente com o leite materno;
- Evite tomar líquidos quentes ou fumar enquanto estiver com a criança no colo.
PARA EVITAR RISCO DE AFOGAMENTO
- Não deixe a criança sozinha na banheira;
- Mantenha a criança afastada de baldes, tanques, vasos, poços e piscinas. Mesmo um nível baixo de água, pode causar afogamento.
PARA EVITAR ACIDENTES NO TRANSPORTE
- Bebês devem ser transportados no bebê conforto ou na cadeirinha conversível.
PARA EVITAR RISCO DE ENVENENAMENTO
- Mantenha produtos de limpeza, medicamentos e produtos de higiene pessoal fora do alcance da criança.
PARA EVITAR RISCO DE QUEIMADURA
- Limite o acesso da criança à cozinha;
- Dê preferência por usar as bocas de trás do fogão e deixe os cabos das panelas virados para a parte central;
- Fique atento ao forno ligado, ferro de passar roupas, chapinha de cabelos, modelador de cachos, aquecedor e outros equipamentos quentes;
- Coloque protetores nas tomadas;
- Evite fios elétricos soltos e ao alcance da criança.
OUTROS CUIDADOS
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Acidentes com animais domésticos: em caso de contato com animais, essa ação deve ser supervisionada.
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Autossegurança: ao sair de casa, conduza a criança pela mão de forma segura para que ela não se solte e corra para locais perigosos. Além disso, não permita que a criança brinque em locais com circulação de veículos.
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Choques elétricos: não permita que a criança brinque e solte pipa, papagaio ou arraia em locais onde há postes de luz e fiação elétrica.
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Acidentes de trânsito: após os 7 anos e meio, as crianças deixam de usar a cadeira de transporte infantil, mas devem continuar sentando no banco de trás do carro, presas por um cinto de segurança de três pontos. Somente crianças com mais de 10 anos podem sentar no banco da frente, sempre usando o cinto de segurança.
Todos as recomendações devem ser seguidas de acordo com cada faixa etária. Novas orientações, que surgem ao longo do crescimento infantil, devem ser complementares às recomendações anteriores. Estas e outras informações, estão disponíveis na Caderneta da Criança.
Fran Martins
Ministério da Saúde