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CONSCIENTIZAÇÃO
“Colesterol ruim” elevado está relacionado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares
As doenças cardiovasculares associadas ao colesterol alto estão entre as principais causas de mortes no mundo. Todos os anos, cerca de 360 mil brasileiros vão a óbito em decorrência dessas doenças. No Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol, o Ministério da Saúde alerta e conscientiza a população sobre os diferentes tipos de colesterol e os impactos causados por eles.
O colesterol faz parte do grupo dos álcoois, tem textura e aparência gordurosa e, apesar de sua fama ruim, é essencial para o bom funcionamento do organismo. Ele está presente na estrutura das células, na produção das membranas celulares, em alguns hormônios e vitaminas, além de formar ácidos biliares que atuam na digestão. Gorduras não se dissolvem na água e o colesterol também é insolúvel em meio aquoso, bem como no sangue, sendo ligado a lipoproteínas, que são conglomerados de proteínas, gorduras e outras substâncias.
Os diferentes tipos de colesterol
A composição do colesterol é uma só, o que muda é o seu meio de transporte, ou seja, a lipoproteína a qual está associado. Ela pode ser de alta ou de baixa densidade, dependendo da composição, com funções diferentes.
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Colesterol LDL: o colesterol combinado às lipoproteínas de baixa densidade é chamado de LDL. Em excesso, pode se depositar nas paredes das artérias, formando placas que aumentam o risco de obstrução e, consequentemente, de infarto e acidente vascular cerebral. Por isso, o LDL é conhecido como “colesterol ruim” e seu nível deve ser mantido baixo.
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Colesterol HDL: quem “tira” o colesterol das células para ser eliminado são as lipoproteínas de alta densidade, que quando combinadas ao colesterol, são denominadas HDL. Ele ajuda a evitar a obstrução das artérias, sendo conhecido como “colesterol bom” e seu nível deve ser mantido alto.
A produção do colesterol acontece em grande parte no fígado e é liberado na corrente sanguínea e distribuído para os tecidos, onde pode ser utilizado ou armazenado no tecido adiposo, que é a camada de gordura que o corpo possui abaixo da pele.
Os altos níveis do “colesterol ruim” estão relacionados a doenças do coração, complicação na aorta (principal artéria do corpo), além de demência e acidente vascular encefálico – o derrame cerebral. Já níveis altos de colesterol HDL, o “colesterol bom”, podem ser atribuídos a algum grau de proteção para estas doenças.
Fatores de risco
- História familiar de hipercolesterolemia;
- Comportamento sedentário;
- Alimentação inadequada;
- Obesidade;
- Tabagismo.
A partir dos 40 anos, aumenta a prevalência dos principais fatores de risco para a doença cardiovascular: o colesterol elevado, a hipertensão arterial e o diabetes, acrescidos pelo tabagismo, obesidade e sedentarismo. Nas mulheres, a chegada da menopausa também é um fator de risco.
Prevenção
Uma das formas de prevenção do acúmulo de “colesterol ruim” no organismo é por meio de um estilo de vida e alimentação saudáveis e atividade física regular.
É importante destacar que de todo o colesterol sanguíneo que o corpo possui, entre 15% e 20% vem da alimentação. O restante é gerado especialmente pelo fígado e, nesse caso, pode ser necessário o uso de medicamentos.
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Para diminuir o colesterol ruim: pratique atividade física, tenha uma alimentação saudável, consulte uma equipe de saúde para avaliação e orientações.
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Para aumentar o colesterol bom: aumente o consumo de alimentos in natura, como verduras, frutas e legumes e reduza o consumo de alimentos ultraprocessados.
O colesterol alto não costuma apresentar sintomas, e a forma mais efetiva de diagnosticá-lo é dosando os níveis sanguíneos por meio de exame laboratorial. Quanto mais cedo essa detecção acontece, maiores são as chances de intervenção e tratamento, reduzindo os riscos de infarto, acidente vascular e outras doenças cardiovasculares.
Fran Martins
Ministério da Saúde