Notícias
SAÚDE INDÍGENA
Ministério da Saúde capacita profissionais da Saúde Indígena para realizar atendimentos em Telessaúde
O Ministério da Saúde iniciou nesta segunda-feira (4), em Brasília, Distrito Federal, uma capacitação que vai deixar o atendimento que é feito aos indígenas do Brasil ainda mais tecnológico e especializado no Sistema Único de Saúde (SUS). Ao todo, 66 profissionais da área de saúde, entre médicos e enfermeiros, serão treinados para operar os “kits de telessaúde”, doados pela Vale para 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).
Os equipamentos serão utilizados para a implementação da telemedicina nas aldeias. Entre os itens estão uma maleta com notebook, câmera webcam, eletrocardiógrafos, espirômetros, retinógrafos e monitores multiparamétrico portáteis. O treinamento, que vai durar uma semana e contará com teoria e prática, será ministrado por 10 fornecedores de equipamentos e profissionais de saúde que atuam no Hospital Israelita Albert Einstein.
Segundo Reginaldo Ramos, secretário Especial de Saúde Indígena (SESAI) do Ministério da Saúde, a telemedicina trará uma grande mudança no atendimento. Ainda de acordo com o secretário, os equipamentos elevam em 30% os índices de resolutividade.
“Os indígenas não precisarão se deslocar para a cidades próximas, o que otimizará o emprego de recursos humanos e financeiros, aproximando a atenção básica da média complexidade, ajudando na prevenção de doenças e acelerando os tratamentos e curas. De cada 100 demandas, 50% eram resolvidas e, com a chegada dos equipamentos e a capacitação dos nossos profissionais, passaremos para 80% de resolutividade no atendimento”, detalha.
A doação dos kits ocorreu no fim do ano passado e os equipamentos foram utilizados pela primeira vez no projeto-piloto na Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI) Rio das Cobras, na Terra Indígena Rio das Cobras, no DSEI Litoral Sul. Os resultados foram satisfatórios e, por isso, será ampliado. “Com os profissionais, agora capacitados, ganharemos um excelente trabalho na ponta”, explicou a gestora social da Vale, Carolina Nascimento.
Para a enfermeira Gleyka Raytanna, do DSEI Kayapó do Pará, o treinamento dará aos profissionais qualificação e o principal beneficiado serão os povos originários, que não precisarão se deslocar de suas aldeias. “Os equipamentos vão trazer muitos benefícios para as terras indígenas de difícil acesso, onde só é possível chegar via aérea, com isso, vão diminuir a quantidade de remoções de pacientes que necessitam realizar exames mais complexos”, destacou.
Ministério da Saúde