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ATENÇÃO PRIMÁRIA
Amazonas contará com telemonitoramento de gestantes e puérperas nos serviços de saúde do estado
Foto: Rodrigo Santos / SES-AM.
O Ministério da Saúde não tem medido esforços para enfrentar a morbidade grave e mortalidade materna no País por causas evitáveis, em especial nas regiões que necessitam de mais atenção do Governo Federal. Por isso, lançou na última semana, em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas (SES-AM) e secretarias municipais de mais 11 municípios amazonenses, o projeto Telemonitoramento do pré-natal de baixo e alto risco e das intercorrências obstétricas no estado.
A iniciativa foi celebrada por meio de Termo de Execução Descentralizada com a Ufam no valor de R$ 5.262.700,00 milhões, para a implementação de uma plataforma de telemonitoramento obstétrico que permita integrar, incorporar e monitorar dados e informações clínicas produzidos pelas equipes da Atenção Primária à Saúde (APS), atenção ambulatorial especializada, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), hospitais de pequeno porte, maternidades de baixo risco e maternidades referência para alto risco no estado do Amazonas. O projeto ainda prevê a oferta de interconsulta aos profissionais de saúde com especialistas disponíveis 24 horas para apoiar o manejo clínico da gestação no pré-natal e a detecção precoce e tratamento oportuno de intercorrências obstétricas.
“Estamos qualificando a atenção obstétrica amazonense, de forma segura e humanizada, para monitorar e apoiar o manejo clínico de gestantes, de forma ágil e oportuna na rede de atenção materna”, destacou a diretora substituta do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas do Ministério da Saúde, Lana de Lourdes Aguiar Lima.
O projeto prevê a estruturação de salas de telemonitoramento com aparelhos de ultrassonografia, computadores, mesas ginecológicas, entre outros equipamentos, para os municípios de Manaus, Manacapuru, Parintins, Tefé, Coari, Itacoatiara, Maués, São Gabriel da Cachoeira, Tabatinga, Jutaí e Barcelos. A seleção dos 11 municípios prioritários levou em conta números de nascimentos, óbitos maternos e de consultas de pré-natal de mães residentes nesses municípios. “Manaus e mais 10 municípios participam de uma estratégia inédita para a redução da morbimortalidade materna e com potencial de apresentar evidência para sustentar e coordenar a replicação da proposta em demais estados e regiões do País”, completou Lana de Lourdes.
O projeto soma-se às ações desenvolvidas pelo MS para redução da morbidade grave e mortalidade materna por causas evitáveis, em especial no contexto da pandemia da covid-19, como apoio institucional aos gestores e profissionais de saúde das unidades da APS e maternidades, de modo a contribuir com a reorganização dos processos de trabalho, e a produção do cuidado materno e infantil seguro e de qualidade
Em 2021, a pasta também lançou o Projeto Força Pré-Natal do SUS no Amazonas para apoiar a organização da atenção ao pré-natal de baixo risco com foco na redução da morbimortalidade materna e neonatal precoce, por meio do fortalecimento das ações de manejo clínico da gestação, diagnóstico e tratamento da sífilis e HIV na gestação, coleta de exame preventivo do câncer de colo de útero e pré-natal odontológico. Foram capacitados 352 profissionais da Estratégia de Saúde da Família e saúde bucal dos municípios Manaus, Rio Preto da Eva, Iranduba, Presidente Figueiredo e Parintins. As ações seguem no ano de 2022 para os demais municípios prioritários.
Investimentos no Amazonas
O MS destinou mais de R$ 30 milhões de recursos ao estado para o reforço de ações de qualificação e cuidado às gestantes e puérperas. Desse total, R$ 16.661.590,00 foram destinados, por meio da Portaria nº3.186 de 26 novembro de 2020, para a renovação do parque tecnológico das maternidades a fim de proporcionar o manejo adequado de gestantes e puérperas; outros R$13.387.530,000 foram investidos na realização de ações estratégicas de apoio à gestação, pré-natal e puerpério, bem como medidas de redução da disseminação do novo coronavírus, por meio da Portaria nº 2222 de 25 agosto de 2020 e da Portaria nº 731 de 16 de abril de 2020.