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ANIVERSÁRIO
Porta de entrada do SUS: conheça histórias de profissionais de saúde e brasileiros atendidos na Atenção Primária
Foto: Myke Sena/MS - Foto: Myke Sena
“O diferencial é que não tem distinção de classe, de cor, todos são atendidos da mesma forma”. Essa frase que Gisele Lima, moradora de Brasília (DF), disse ao levar a filha para se vacinar contra a Covid-19 em uma Unidade Básica de Saúde, define o que é o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Ela é uma entre as mais de 17 milhões de pessoas atendidas por mês na Atenção Primária. Na semana em que um dos maiores e mais complexos sistemas público de saúde do mundo completa 31 anos, você conhece um pouco mais sobre a porta de entrada da maioria dos atendimentos para a população.
Só em 2020, o SUS cuidou de mais de 27,4 milhões de pessoas, atendidas exclusivamente na saúde pública. Só em 2021, em média, 223 pessoas receberam algum tipo de atendimento por dia nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Brasil.
A psicóloga Bethania Serrão, que trabalha no SUS desde 2009 e atua no sistema desde a graduação, contou que o sistema público de saúde sempre foi sua primeira opção. "Desde a faculdade, para mim o SUS era a escolha. Meu pai é médico. Trabalhou no SUS toda a vida, sempre defendeu esse valor da saúde como um bem maior, universal”, disse.
Para ela, acolher com qualidade é o motivo de o SUS ter se consolidado como uma política pública de sucesso. “Se o SUS é universal e a nossa tarefa maior é fazer esse acolhimento, ser essa porta de entrada e resolver grande parte das demandas em saúde, eu acho que o nosso desafio é esse. Manter a qualidade desse atendimento. Fazer uma escuta qualificada. Ter o compromisso de fazer o usuário ter a demanda em saúde atendida”, afirmou. “Eu fico emocionada, eu fico feliz, eu me sinto honrada de trabalhar e realmente é a minha missão profissional”, concluiu.
“O diferencial no atendimento é não fazer objeção na recepção de pessoas. Aqui é porta aberta. Todo usuário que comparece na unidade, independente da região, tem um primeiro atendimento", observou Alexandre Augusto, que trabalha como supervisor de serviços de uma Unidade Básica de Saúde da Asa Norte, em Brasília. O enfermeiro de formação está no SUS há 9 anos, desde 2013. “Já no estágio eu me apaixonei pelo sistema. A gente recebe a remuneração para poder ajudar o próximo e isso é gratificante, de verdade”, disse.
Aplicação de recursos
Na gestão do presidente Jair Bolsonaro, a Atenção Primária é prioridade. Em 2019, o presidente criou uma secretaria no Ministério dedicada ao tema, a SAPS. Isso porque 80% dos problemas de saúde são resolvidos na Atenção Primária. Ou seja, é eficiente fomentar a implementação de políticas e ações nesta área.
Nos anos de 2020 e 2021, o investimento do Ministério da Saúde na APS foi de R$ 23.757.400.523 e R$ 25.850.410.792 bilhões, respectivamente. Trata-se de continuidade do investimento de 2019, de R$ 24.403.392.093 bilhões na APS.
Principais ações da SAPS
A área cuida de toda a Atenção Primária à Saúde, por exemplo, teleconsultas e centros de referência e atendimento; distribuição de equipamentos de proteção individual aos profissionais de saúde e testes rápidos para diagnóstico de Covid-19. A SAPS também cuida dos incentivos direcionados aos povos e comunidades tradicionais, às populações mais vulneráveis e realiza ações voltadas às gestantes e puérperas.
Além disso, também trabalha no fortalecimento de ações para controle das Doenças Crônicas não Transmissíveis, alinhado ao Plano de Enfrentamento proposto pelo Ministério da Saúde às ações voltadas aos idosos, às crianças em idade escolar e à prevenção da má nutrição.
Entre as ações mais recentes da Saps, pode-se elencar o Programa Saúde na Hora Emergencial contra a Covid-19, que ofereceu horário ampliado e tornou o atendimento mais acessível à população. Também foram contratados 15.662 profissionais para atuar no Programa Médicos pelo Brasil.
Mahila Lara
Ministério da Saúde